O Carnaval já está aí e muita gente já pulou muito nos bloquinhos nos últimos dias! Porém, se você foi uma dessas pessoas e na sua folia estiveram presentes as espumas e tintas para o rosto de Carnaval, é importante saber como removê-las corretamente da pele após a festança e quais os riscos de não fazer isso.
Afinal, ninguém quer sair da alegria da folia diretamente para o hospital, não é mesmo? Se os cuidados necessários com esses produtos típicos desse período não forem tomados, problemas como conjuntivite, alergias e dermatites podem surgir.
A seguir, o cirurgião plástico Matheus Manica e a dermatologista Paula Rahal alertam para os riscos envolvidos no uso de espumas e tintas para o rosto de Carnaval e dão dicas para garantir uma folia com segurança. Veja:
Espumas de Carnaval
Clássicos da folia, os sprays de espuma divertem crianças e adultos. Todavia, mesmo os produtos legalizados podem ser perigosos. Entre seus riscos, estão conjuntivite e irritação nos olhos. Em contato com a pele, podem provocar alergias, irritações e, na presença de fontes de calor, queimaduras.
“Isso acontece porque, na composição desses sprays, está presente o gás propelente, uma mistura de gás propano e butano, que é o mesmo utilizado na cozinha. Ou seja, uma substância altamente inflamável”, explica Matheus Manica.
Cheque sempre a composição dos sprays, pois o uso desse gás é proibido no Brasil, mas alguns o utilizam. Caso sejam ingeridas, as espumas desse tipo podem ainda provocar intoxicação e problemas no sistema nervoso central, como tonturas, confusão mental e asfixia.
O que fazer, então? Basicamente, além de não ingerir o produto e não deixar crianças perto dele sem supervisão, o importante é não permitir que ele fique em contato com a pele por muito tempo. Ou seja, lave-se bem.
“Após a utilização da espuma, deve-se lavar e secar bem as mãos, assim como as partes do corpo atingidas, com água em abundância, para evitar o contato prolongado da pele com as substâncias. Caso os sintomas persistam, é necessário buscar a avaliação médica”, recomenda Rahal.
Tintas para o rosto
Além das espumas, as tintas para o rosto de Carnaval são outro tipo de produto que pode causar problemas para a pele do rosto e do corpo. Não há problema em usá-las, desde que seja a versão certe e não te cause alergias. Outro risco de tintas pouco seguras é a dermatite, que provoca sintomas como coceira, vermelhidão e descamação.
“Deve-se ter atenção especial com as crianças. Por ainda não terem todos os mecanismos de autoproteção presentes nos adultos, as crianças apresentam maior sensibilidade a substâncias externas. Dessa forma, recomenda-se para elas a utilização de produtos hipoalergênicos, para evitar que desenvolvam dermatite de contato”, alerta Matheus Manica.
Rahal recomenda escolher tintas específicas para esse fim e que sejam dermatologicamente testadas e a base de água, sem látex e parabenos. Assim, elas serão menos agressivas e mais fáceis de retirar. A tinta guache, ainda que às vezes hipoalergênica, não deve ser uma opção, uma vez que pode trazer ardor, coceira, vermelhidão, inchaço nos olhos e na boca e até falta de ar.
Para a remoção do produto, deve-se utilizar demaquilante sem álcool em sua composição, não sendo necessário esfregar a pele. E, na limpeza da pele, água e sabonete.