Quem nunca falou sozinho ou teve aquele “pensamento alto”, não é mesmo? Aliás, isso pode ser até um hábito, principalmente para quem passa bastante tempo sozinho e/ou é bastante comunicativo. Porém, mesmo fazendo isso de vez em quando, ao vermos alguém falando sozinho, podemos achar estranho e pensar se aquilo é normal ou motivado por algum distúrbio emocional.
Segundo a psicanalista Andréa Ladislau, não existe nada de errado nessa mania, viu? E nem mesmo representa algum transtorno. Pelo contrário, falar sozinho traz até benefícios, como a facilitação de processos comportamentais e psicológicos, e a potencialização da memória, foco, concentração e tomada de decisões.
“Outro fator positivo é o autorreforço que empodera o sujeito em suas relações interpessoais. Além disso, falar sozinho melhora as habilidades sociais e facilita o distanciamento de certos conteúdos mentais que possam trazer prejuízos ao ser humano”, pontua a especialista em saúde mental.
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Mas a frequência pede atenção
Apesar dos benefícios, o hábito requer atenção em relação a sua frequência e intensidade. Ou seja, falar sozinho é normal, mas quando isso acontece em excesso, alguma coisa pode não estar indo bem.
“É preciso apenas estar atento se isso tem causado algum tipo de incômodo no indivíduo, uma vez que, nesse caso, pode estar ocorrendo uma leve tendência a ser formar um Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), quando a consolidação do ato de comunicar consigo mesmo se torna uma mania que favorece o isolamento e alimenta apenas pensamentos negativos”, adverte Andréa.
Fora isso, está tudo bem! Então, se você costuma falar sozinho, saiba que não tem nada de errado com você, viu? Contudo, caso esse hábito te incomode ou esteja indo além dos seus limites e autocontrole, vale buscar um apoio profissional para aprender a lidar com isso de uma maneira melhor.
Fonte: Andréa Ladislau, psicanalista.