A hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta, é uma doença que atinge 27,9% dos brasileiros, segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), e impacta diretamente a qualidade de vida. Identificar a condição é o primeiro passo para assegurar o tratamento correto, mas muitas vezes, isso pode ser desafiador.
De acordo com o Ministério da Saúde, a hipertensão costuma evoluir de forma silenciosa, o que dificulta o diagnóstico. Com o passar do tempo, a pessoa pode apresentar sintomas que, por vezes, se confundem com outras questões e podem ser negligenciados.
Quando a pressão arterial sobe, a pessoa pode apresentar sintomas desde dor de cabeça até zumbido no ouvido e tontura. Mas como a hipertensão, na maioria das vezes, é assintomática, o Hospital Regional do Mato Grosso do Sul (HRMS) orienta realizar a aferição da pressão com frequência e adotar medidas que ajudem na prevenção e no tratamento da condição.
Fatores de risco da hipertensão
Segundo informações do Ministério da Saúde, a pressão alta é uma condição crônica multifatorial sem cura, caracterizada por elevação sustentada dos níveis de pressão, que, frequentemente, se mantém acima de 140 por 90 mmHg. Em 90% dos casos, a doença é herdada pelos pais, sendo considerada um dos fatores de risco metabólico que mais contribuem para as causas de óbito por doença cardiovascular.
Além da questão genética, há também outros fatores que podem contribuir para a hipertensão arterial, como tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, uso excessivo de sal, altos níveis de colesterol e falta de atividade física.
Riscos da pressão alta
A hipertensão afeta vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar a paralisação dos rins, podendo ou não ocorrer sintomas. Quando aparecem, é comum que a pessoa sinta dores no peito, dor de cabeça, palpitações, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, tontura, visão embaçada e sangramento nasal.
Para diagnosticar a condição, é necessário medir a pressão regularmente para entender o padrão dos níveis de pressão. O HRMS aponta que pessoas acima de 20 anos devem aferir a pressão ao menos uma vez por ano, já aqueles com hipertensos na família, devem medir no mínimo duas vezes por ano.
Medidas de prevenção
Apesar de ser uma doença sem cura, a pressão alta pode ser controlada e evitada. O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Prevenção e Promoção à Saúde (Deppros), alerta para a importância da adoção de um estilo de vida saudável como fundamental para a prevenção da doença.
Manter o peso adequado, adotar uma alimentação balanceada, não abusar do sal, praticar atividade física regularmente, abandonar o fumo, moderar o consumo de álcool, evitar alimentos gordurosos, controlar diabetes, evitar estresse e aproveitar momentos de lazer são algumas medidas que podem auxiliar na prevenção e no controle da pressão.
Além do estilo de vida saudável e dos medicamentos, a suplementação também tem sido citada como aliada no controle da hipertensão arterial. Segundo informações da Ocean Drop, empresa especializada em suplementação alimentar, alguns hábitos, como usar a coenzima q10 e o magnésio, podem ajudar a controlar os níveis da pressão arterial.
Há, inclusive, pesquisas que reforçam essa relação. O artigo “A influência da suplementação de coenzima Q10 sobre o esquema de tratamento medicamentoso de Hipertensão Arterial Sistêmica”, publicado no Brazilian Journal of Health Review, aponta que a suplementação da coenzima q10 se mostra promissora em pacientes com a doença, já que foi capaz de ajudar a reduzir os níveis de pressão.
Já em relação ao magnésio, o estudo “Consumo alimentar de magnésio em pacientes com síndrome metabólica em uso de hidroclorotiazida”, publicado no BRASPEN Journal, mostra que o magnésio é constantemente utilizado para tratamento da hipertensão arterial sistêmica devido a sua atividade como inibidor da contração da musculatura lisa vascular, podendo exercer uma função de vasodilatador. Além disso, a pesquisa destaca que o magnésio pode contribuir para o desenvolvimento e a manutenção da saúde dos ossos.