Na volta às aulas, o convívio próximo entre as crianças em salas fechadas faz com que surja o cenário ideal para a propagação de doenças infecciosas. Entre os casos mais recorrentes, destacam-se infecções respiratórias, gastroenterites virais e a conjuntivite, que, de acordo com o relatório Saúde Escolar pelo Brasil de 2023, é a principal responsável pelas faltas de crianças nas escolas.
Há ainda uma outra condição comum, muitas vezes subestimada pelos pais. É a estomatite herpética, causada pelo vírus do herpes simples, que pode gerar surtos localizados e grandes desconfortos para os pequenos. Porém, não é preciso entrar em desespero – todas essas doenças têm suas chances bastantes diminuídas se a prevenção for feita corretamente.
“Gripes e resfriados se tornam inevitáveis no retorno às aulas, mas os cuidados com higiene e vacinas em dia podem reduzir significativamente esses casos”, exemplifica a pediatra e docente do curso de Medicina do Centro Universitário Max Planck (UniMAX), Dra. Lívia Franco. Além disso, saber reconhecer os sintomas de cada doença é essencial para entender qual pode ser o problema.
A seguir, conheça mais sobre as doenças mais comuns na volta às aulas e sua prevenção:
Principais sinais de alerta para pais e escolas
Alguns dos principais sintomas das doenças mais comuns na volta às aulas são:
- Infecções respiratórias: febre persistente, tosse produtiva e dificuldade respiratória
- Gastroenterites: diarreia intensa, vômitos repetidos e sinais de desidratação, como boca seca
- Conjuntivite: vermelhidão ocular, coceira e secreção
- Estomatite herpética: lesões dolorosas na boca, febre alta e recusa alimentar
Prevenção no ambiente escolar
As medidas para prevenir as crianças contra as doenças mais comuns na volta às aulas são simples. “A higienização frequente das mãos, a limpeza de brinquedos e superfícies e a ventilação adequada das salas de aula são passos indispensáveis. Além disso, hábitos como cobrir o nariz ao espirrar e evitar compartilhar objetos pessoais devem ser incentivados entre as crianças”, diz a especialista.
Também é essencial manter a vacinação das crianças atualizada, especialmente contra a gripe e o rotavírus. Assim, é possível diminuir o risco de complicações com as doenças.
Por fim, vale lembrar que as primeiras semanas de aulas são as mais perigosas, devido ao que especialistas chamam de “imunidade de grupo inicial”. Dessa maneira, os cuidados são ainda mais importantes durante esse período.
