Saúde

Verão: aprenda a reduzir a sensação de calor nos bebês

Especialista esclarece as principais dúvidas de mães e pais com relação aos cuidados com os recém-nascidos no verão; veja como refrescá-los em segurança

Bebês exigem cuidados específicos durante o calor - Foto: Shutterstock

Com a chegada do verão e as altas temperaturas, uma dúvida que pode surgir na cabeça de muitos pais de bebês é como amenizar o calor sem causar impacto na saúde dos pequenos. Para esclarecer essa questão e desmistificar alguns mitos, a pediatra Ana Paula Sakamoto listou algumas situações comuns do dia a dia que podem trazer insegurança para pais e mães de primeira viagem. Confira:

Evite muitas peças de roupa

Com medo de que o bebê pegue um resfriado, os pais acabam colocando peças e mais peças de roupa nos pequenos. No entanto, segundo a especialista, agasalhar demais a criança pode ser prejudicial. 

“Ao agasalha-lo em excesso, podemos colocá-lo em risco de hipertermia e desidratação, especialmente nos primeiros meses de vida. Sinais como bochechas vermelhas, cabelos molhados, irritação e choro podem indicar o desconforto e superaquecimento”, alerta ela. 

Pode usar o ar-condicionado?

Diferente do que muita gente pode pensar, o ar-condicionado não está proibido no quarto do bebê. Contudo, seu uso exige alguns cuidados.

A temperatura, por exemplo, precisa variar entre 22 e 27 graus. Além disso, é importante realizar a manutenção e limpeza do aparelho e controlar o ressecamento do ambiente. Para evitar esse problema, opte por:

  • Usar o umidificador de ar no quarto do bebê;
  • Ligar o ar-condicionado antes de colocar o bebê para dormir e desligar o aparelho quando o quarto estiver resfriado,
  • Desligar o ar-condicionado pelo menos uma vez ao dia e abrir as portas e janelas para renovar o ar.

O uso do ventilador merece cuidados

Assim como o ar-condicionado, o uso do ventilador também está liberado, porém com algumas precauções. A primeira é manter uma distância entre o aparelho e o bebê, posicionando-o sempre na direção do teto ou de uma parede. 

A outra recomendação é ponderar quanto ao seu tempo de uso, já que se usado por longos períodos pode causar ressecamento da pele e dos olhos, além de espalhar poeira — o que reforça a indicação de limpeza periódica, independentemente do modelo.

Banhos podem ser mais frequentes?

De acordo com a médica, os pais podem aumentar a frequência de banhos dos bebês no calor, mas só se houver necessidade. “Para compreender se ela existe, vale ficar atento a sinais como maior transpiração ou diurese e evacuações muito volumosas”, orienta a Dra. Ana Paula. 

Neste caso, o segundo banho do dia pode ser dado apenas com água, sem uso de sabonete, para não ressecar muito a pele do neném e prevenir o aparecimento de lesões e brotoejas. “Caso haja necessidade, pode-se hidratar a pele após o banho para evitar o ressecamento excessivo”, finaliza.

Fonte: Dra. Ana Paula Sakamoto, pediatra do Hospital Edmundo Vasconcelos.

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