Recentemente, foram confirmados no Brasil casos de sarampo, uma doença altamente contagiosa e que já era considerada algo do passado. Isso porque o Brasil já havia erradicado e doença e, em 2016, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) declarou que o país estava livre da transmissão do vírus.
E a doença não tem voltado apenas no Brasil. Nos últimos tempos, os Estados Unidos, por exemplo, tiveram uma situação ainda pior, já que ocorreram mortes decorrentes do sarampo no país. Assim, é muito necessário, neste momento, uma maior conscientização sobre o sarampo e como se prevenir contra ele.
Primeiramente, vale ressaltar que os primeiros sintomas da doença, que costumam aparecer em cerca de 10 a 14 dias após a exposição ao vírus, são febre alta, tosse seca, coriza e conjuntivite. Após alguns dias, surgem as manchas vermelhas características da doença, que começam no rosto e atrás das orelhas, espalhando-se pelo tronco, braços e pernas.
“É comum sentir fadiga, perda de apetite e, em alguns casos, diarreia. Em casos mais graves, o sarampo pode levar a complicações sérias, como pneumonia e encefalite, que é uma inflamação cerebral, que podem ser fatais”, conta a infectologista. Assim, se sentir os sintomas do sarampo, procure ajuda rapidamente.
A seguir, saiba como se prevenir contra o sarampo:
Como se prevenir contra o sarampo
De acordo com a Dra. Jessica Fernandes Ramos, infectologista e integrante do núcleo de infectologia do Hospital Sírio-Libanês, a prevenção do sarampo é realizada através da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), administrada em duas doses durante a infância. Inclusive, os casos mais comuns de sarampo são em crianças de até 5 anos, principalmente as que ainda não completaram o esquema vacinal.
“A tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) é administrada em duas doses: a primeira aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. Adultos também devem verificar se estão vacinados. E, caso não tenham certeza sobre sua vacinação, consultar um profissional de saúde para verificar a necessidade da dose”, alerta a médica.
Foi por causa da queda na cobertura vacinal, assim como pela importação de casos de outros países, que a doença perdeu seu status de eliminada no Brasil em 2018.
“Muitas pessoas deixam de se vacinar por desinformação, fake news e até dificuldades de acesso. Além disso, em viagens internacionais, o vírus pode voltar para o Brasil por meio de pessoas não imunizadas. Vale destacar que a vacinação é segura, eficaz e a única forma de evitar novos surtos. Manter a imunização em dia é essencial para proteger a todos”, finaliza a especialista.
