O salto alto é uma peça sinônimo de elegância e sofisticação, que deixa qualquer mulher elegante. No entanto, o uso prolongado do acessório além de causar dores nos pés, pode afetar a saúde de diferentes maneiras, alerta o fisioterapeuta Mateus Martínez.
“O centro de gravidade precisa se manter na base de suporte para ocorrer o equilíbrio postural do indivíduo. Quando esse indivíduo recorre a salto, o centro de gravidade é alterado, gerando desequilíbrio. Na tentativa de compensar o desequilíbrio, a mulher semi flexiona os joelhos, inclina a pelve para trás e aumenta a lordose lombar”, explica o diretor de fisioterapia da Pés Sem Dor.
Segundo a pesquisa “O Salto Alto e a Mulher Brasileira”, realizada pela Pés sem Dor que entrevistou cerca de 1.835 mulheres, entre jovens e idosas de todo o Brasil, 95% das mulheres disseram sentir dores nos pés. 44,8% das mulheres também disseram sofrer com dor na coluna por uso do calçado.
Os desalinhamentos causados pelo salto alto são ainda piores com o tamanho do salto, o tempo de uso e a má distribuição do peso. Os impactos nos pés causam dores constantes e influenciam no surgimento de problemas como joanetes, metatarsalgia e hiperlordose, que afeta diretamente a coluna, entre outros.
Como prevenir esses problemas?
Segundo Martínez, para evitar problemas atrelados ao uso do salto alto, é fundamental evitar utilizá-lo por longos períodos. O especialista afirma que “o modelo de salto plataforma é o mais recomendado para evitar desequilíbrios”. Além disso, as mulheres devem considerar substituir seus saltos altos por modelos mais baixos, menores que 5 cm de salto.
Soluções alternativas como palmilhas sob medida também são úteis para aquelas mulheres que não podem abandonar o acessório. De acordo com o fisioterapeuta, as palmilhas reduzem em 40% ou mais as pressões causadas no antepé, além de trazer conforto e alívio durante o uso do salto alto.