Você já ouviu falar em retração gengival? Ela ocorre quando a gengiva se desloca em direção à raiz do dente, deixando-a exposta, gerando uma série de consequências negativas. Além de provocar uma desarmonia estética, que impacta a autoestima, o problema causa um grande incômodo. É comum relatos de dor e sensibilidade nos dentes, especialmente ao ingerir bebidas geladas ou ter contato com jatos de ar.
“Ao perceber que a gengiva está menor do que o de costume, que o dente parece estar mais longo e que o espaço entre ele e a borda da gengiva está amarelado, é muito provável que você sofra de retração gengival”, explica Thais Morais Pinto, implantodontista da rede de clínicas odontológicas PróRir.
Causas da retração gengival
Vários fatores podem provocar a retração da gengiva. Entre as principais causas desse quadro estão:
- Escovação traumática: quando algumas pessoas acreditam que, para limpar os dentes, é preciso colocar bastante força na hora de realizar a escovação;
- Gengivite: inflamação na gengiva caracterizada pelo acúmulo de placa bacteriana;
- Periodontite: evolução do quadro da gengivite, quando a inflamação começa a atingir os ossos que sustentam o dente.
Entre os sintomas, a retração pode causar sangramento espontâneo durante as refeições, enquanto se escova os dentes ou quando utiliza o fio dental. Também causa sensibilidade na gengiva, principalmente com alimentos e bebidas geladas ou pastosas e com jatos de ar, dor no dente, dor e vermelhidão na gengiva, e mau hálito. Já em caos mais graves, pode provocar a perda dentária.
Diagnóstico e prevenção
O tratamento correto para a retração gengival, de acordo com a especialista, varia conforme o momento em que se detectam os sinais. Porém o mais comum é a limpeza profunda dos tecidos, que passa pela remoção de bactérias e de tártaro que possam ter ficado alojados por debaixo da gengiva e entre os dentes.
“Outra alternativa, se tiver desenvolvido sintomas mais graves, é a cirurgia, na qual é feito um enxerto de gengiva. Este tratamento visa reanimar o tecido gengival ou osso subjacente, podendo envolver a colocação de uma membrana sintética ou osso para encorajar a regeneração da gengiva”, orienta Thais.
Para prevenir o problema, é necessário ter uma rotina de higiene oral adequada. Ou seja, escovar os dentes duas vezes por dia, com uso de enxaguante bucal e fio dental para completar a limpeza dos dentes. “Check-ups regulares com o seu dentista também podem ajudar a diminuir os sinais precoces e evitar a retração das gengivas através de uma remoção suave de qualquer acúmulo de placa e tártaro. Este tipo de limpeza é recomendado fazer duas vezes por ano para complementar a rotina diária de cuidados orais”, finaliza a profissional.