Na última terça-feira (01), a apresentadora Adriane Galisteu usou as redes sociais para falar sobre a escolha de fazer reposição hormonal após a chegada da menopausa. Em sua conta no Instagram, ela contou que o tratamento melhorou sua qualidade de vida, mas que ainda faz acompanhamento médico.
A menopausa caracteriza-se pelo declínio progressivo da produção de estrogênio e progesterona pelos ovários, com elevação compensatória dos níveis de hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH). Essas alterações hormonais desencadeiam sintomas como ondas de calor (fogachos), sudorese noturna, atrofia urogenital, ressecamento vaginal, alterações do sono e instabilidade emocional.
Segundo a endocrinologista Bibiana Prada de Camargo, a menopausa representa a cessação permanente da menstruação resultante da perda da atividade folicular ovariana. Ela é diagnosticada clinicamente após 12 meses consecutivos de amenorreia, sem outra causa patológica ou fisiológica aparente.
No Brasil, a idade média de ocorrência situa-se entre 48 e 52 anos, podendo variar conforme fatores genéticos, ambientais e comportamentais. De acordo com Bibiana, a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) constitui uma intervenção eficaz para o manejo dos sintomas menopáusicos.
Tratamento com reposição hormonal
A reposição hormonal consiste no uso de remédios para repor os níveis de estrogênio e de progesterona no organismo, aliviando os sintomas da menopausa. Segundo a especialista, as modalidades terapêuticas de reposição hormonal incluem:
- Terapia com estrogênio: para mulheres histerectomizadas;
- Terapia combinada estrogênio-progestagênio: para mulheres com útero intacto;
- Tibolona: esteróide sintético com propriedades estrogênicas, progestagênicas e androgênicas;
- Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs): como raloxifeno e bazedoxifeno;
Para quem o tratamento é indicado?
São elegíveis para terapia de reposição hormonal mulheres com sintomas de menopausa, especialmente aquelas com sintomas vasomotores moderados a graves, atrofia urogenital significativa ou risco elevado de osteoporose, desde que não apresentem contraindicações específicas.
Importância do acompanhamento médico
O acompanhamento médico regular é imprescindível durante o tratamento, que deve ser individualizado, ou seja, baseado nas condições de cada paciente, considerando histórico familiar, comorbidades e preferências pessoais. Esse acompanhamento pode incluir avaliação clínica semestral, mamografia anual, ultrassonografia transvaginal e exames laboratoriais periódicos. Tudo isso é fundamental para otimizar benefícios e minimizar riscos.