O Brasil enfrenta desde o início do ano uma explosão de casos de dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com o Ministério da Saúde, há pelo menos 1 milhão de casos suspeitos no país.
Como a vacina ainda não está disponível em larga escala, é importante usar outras estratégias para prevenir a picada do inseto, como telas, mosquiteiros e inseticidas, além de repelentes elétricos e tópicos.
“Este último costuma ser eficiente, mas é preciso entender como e qual repelente aplicar e como”, diz o dermatologista Otávio Macedo, da Clínica Otávio Macedo & Associados.
Qual o repelente ideal?
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Anvisa recomendam que, para ser efetivo contra o mosquito da dengue, o repelente deve conter pelo menos 20 a 25% de Icaridina, 10 a 15% de DEET e IR3535.
“As concentrações variam e por isso é importante checar o rótulo. Pessoas alérgicas ou com pele sensível devem fazer o teste em uma pequena região da pele para ver se não há reação”, alerta o médico.
Assim como o protetor solar, o repelente também vem com versões formuladas para crianças ou adultos. Em geral, repelentes com concentrações mais baixas de Icaridina ou DEET são recomendados para crianças e gestantes.
Precauções
O ideal é aplicar somente a quantidade suficiente para cobrir a pele exposta. Caso use o produto em spray, o dermatologista orienta borrifar nas mãos e depois passar no rosto, evitando os olhos e a boca. Se for usar protetor solar, espere o primeiro secar e aplique o repelente 15 minutos depois. Também é importante sempre lavar as mãos após a aplicação do produto.
O uso excessivo do produto ou reaplicação com frequência podem causar irritação na pele. A reaplicação só é necessária após contato com água ou transpiração, mas é importante sempre verificar a indicação do fabricante porque alguns repelentes duram apenas quatro horas.
Conforme o especialista, aplicar o repelente na pele e cobrir com roupa pode causar irritação, pois o tecido acaba abafando o produto na pele. Além disso, a inalação do produto por muito tempo pode provocar irritação e intoxicação.
“Quando estiver em local que não tenha exposição ao mosquito ou quando for dormir, aconselho tomar banho para tirar o produto e hidratar a pele” orienta o dermatologista Otávio Macedo.