Saúde

Dezembro laranja: 4 mitos e verdades sobre a exposição solar

A exposição solar excessiva e a falta de proteção solar são fatores que aumentam o risco do desenvolvimento de câncer de pele

Verão requer cuidados para evitar o câncer de pele - Foto: Shutterstock

O Dezembro Laranja é uma campanha que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de pele, tipo mais comum de câncer no país, correspondendo a cerca de 30% de todos os diagnósticos, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

O câncer de pele é dividido em dois tipos principais: não melanoma e melanoma. O primeiro é mais frequente e menos agressivo, enquanto o melanoma, embora menos comum, é mais grave e pode causar metástases. Raquel Ferrari, dermatologista do Hospital São Luiz Morumbi, explica que pequenas mudanças no dia a dia podem reduzir significativamente o risco de danos causados pela radiação ultravioleta (UV).

“O uso diário de protetor solar é indispensável, mesmo em dias nublados ou em ambientes fechados, já que a radiação UV pode atravessar vidros e nuvens. Além disso, é fundamental reaplicá-lo a cada três horas ou após atividades como natação e transpiração intensa”, orienta a dermatologista. 

Embora a proteção solar seja amplamente divulgada, ainda existem muitas dúvidas acerca desse assunto que ainda geram confusão. Por isso, a especialista trouxe quatro mitos e verdades sobre a exposição solar para prestar atenção e cuidar melhor da saúde da pele. Veja abaixo:

1. Bronzeado é sinal de saúde

MITO. O bronzeado nada mais é do que uma resposta da pele à agressão da radiação UV. Isso significa que houve dano às células, o que pode aumentar o risco de câncer de pele no futuro. 

2. Pessoas de pele escura não precisam de protetor solar

MITO. Embora tenham mais melanina, que oferece alguma proteção natural, pessoas de pele escura também podem desenvolver câncer de pele. A proteção é essencial para todos os tons de pele.

3. Protetor solar não impede o bronzeado

VERDADE. Ele permite um bronzeado mais gradual e seguro, protegendo contra queimaduras e danos profundos à pele. 

4. Roupas com proteção UV eliminam a necessidade de protetor

MITO. Essas peças são ótimas aliadas, mas o protetor solar ainda é indispensável, principalmente nas áreas expostas. 

Medidas de prevenção

A campanha Dezembro Laranja também enfatiza a importância de exames regulares para a detecção precoce de alterações na pele. “O câncer de pele tem altos índices de cura quando diagnosticado no início. Fique atento a manchas, pintas ou feridas que não cicatrizam e procure um dermatologista se notar algo diferente”, destaca a dermatologista.

Além do uso de protetor solar com FPS 30 ou superior, é recomendado evitar exposição solar entre 10h e 16h (quando a radiação UV é mais intensa), utilizar chapéus, bonés e óculos de sol com proteção adequada, manter-se hidratado, e evitar o uso de produtos caseiros ou receitas sem comprovação científica para proteção solar ou bronzeamento.

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