A chegada de um bebê significa inúmeras mudanças na vida de uma mulher: muitas, positivas, mas outras, nem tanto. Um exemplo é a doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), que atinge uma parcela significativa das grávidas brasileiras. O problema causa hipertensão, que geralmente ocorre no último trimestre da gestação, e pode comprometer a saúde da mãe e do bebê.
Sobrecarga nas artérias
Assim como em outras fases da vida, a hipertensão gestacional é diagnosticada com a medição da pressão sanguínea. Se a aferição dos níveis ficar acima da máxima de 13mmHg (milímetros de mercúrio) e a mínima de 9mmHg – a chamada 13 por 9 –, então, constata-se a doença. “O grande problema é que durante a gravidez a pressão alta costuma vir acompanha de perda de proteínas pela urina e do aumento de inchaços, que caracterizam um quadro de pré- eclampsia”, explica a ginecologista Mara Diegoli. Caso não seja controlado, o quadro pode evoluir para a eclampsia, doença com graves complicações.
Fatores de risco
Nos primeiros meses de gravidez, é comum que a pressão arterial caia, ocasionando, inclusive, os corriqueiros desmaios. “Contudo, mulheres que engravidam pela primeira vez, grávidas de gêmeos, muito jovens ou mais velhas correm mais riscos de sofrer com a pressão alta”, diz Mara. Outros fatores que colaboram para o surgimento da doença é a má alimentação, especialmente com alto consumo de sal, o sedentarismo e o estresse. Há ainda casos de não adaptação do organismo à nova condição da mulher.
Sintomas e tratamentos
Dores de cabeça e abdominais, pontos brilhantes na visão e excesso de inchaço são indicadores de que a pressão da gestante pode estar acima da ideal. Se a hipertensão for considerada leve pelo médico e não apresentar sinais de eclampsia, pode ser tratada com a adequação da dieta e acompanhamento clínico criterioso. A alimentação deve ser rica em ácido fólico, nutriente vasodilatador, e pobre em sal, gatilho para crises hipertensivas. “Medicamentos anti-hipertensivos, repouso e, em casos mais graves, internação também pode ser necessário”, acrescenta a ginecologista.
Texto Redação Alto Astral
Consultoria Mara Diegoli, ginecologista
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