Saúde

Esteatose hepática: saiba como evitar o acúmulo de gordura no fígado

Condição de saúde atinge cerca de 30% da população mundial e, se não tratada, pode evoluir para quadros mais graves

A esteatose hepática pode evoluir para doenças graves como o câncer - Foto: Shutterstock

Talvez o termo esteatose hepática não soe tão familiar, mas se falarmos em gordura no fígado certamente você dirá que já ouviu falar, né? É uma enfermidade muito comum, mas nem todo mundo sabe do que se trata. Por isso, a médica gastroenterologista da Prevent Senior, Ariani Bernachi, esclarece tudo sobre o assunto.

O que é esteatose hepática?

A esteatose hepática é uma condição de saúde que ocorre quando há acúmulo de gordura no interior das células do fígado, órgão responsável por exercer mais de 500 funções fundamentais para o organismo. A presença de gordura no órgão é normal, mas quando atinge o índice de 5% ou mais, o quadro demanda avaliação médica.

O aumento da gordura no fígado pode resultar em inflamação e evoluir para doenças graves como cirrose hepática, hepatite gordurosa e câncer. Entre as principais causas da esteatose hepática estão o consumo crônico de álcool, colesterol alto, aumento de triglicérides, hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e obesidade.

Quais os sintomas?

A doença pode ser silenciosa ou mesmo apresentar alguns sintomas como:

  • Cansaço e fraqueza;
  • Redução no apetite;
  • Dor ou desconforto na parte superior direita do abdômen.

Em quadros mais avançados, quando o órgão atinge estágio de insuficiência hepática (cirrose), o paciente pode sofrer com acúmulo anormal de líquido no abdômen, hemorragia, icterícia (olhos e pele amarelados) e até confusão mental.

Fatores de risco

A médica esclarece que a esteatose hepática é mais comum após os 40 anos de idade e atinge tanto homens como mulheres. Além disso, a condição está muito relacionada ao sobrepeso e obesidade, diabetes, dislipidemia (colesterol e/ou triglicérides alterados) e hipertensão arterial. 

No entanto, a inexistência desses fatores de risco no paciente não impede que ele desenvolva a doença, pois a hereditariedade também pode contribuir para o aumento do nível de gordura no fígado. 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é atestado por exames de imagem abdominal, que podem ser ultrassonografia ou tomografia. O paciente também pode ser submetido a exames de sangue para medição do nível de enzimas hepáticas.

Não existe tratamento específico que tenha sido desenvolvido exclusivamente para gordura do fígado. Nos pacientes que necessitam de medicação, o médico pode utilizar tratamentos indicados para outras patologias, como diabetes e colesterol alto. Porém, a mudança para um estilo de vida saudável continua sendo a melhor forma de prevenção e tratamento.

Como prevenir?

Para evitar o acúmulo de gordura no fígado, é necessário adotar alguns hábitos como ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Há também outras dicas. Confira:

  • Evite o consumo excessivo de sódio, gordura e açúcar;
  • Substitua refrigerante e sucos artificiais por água ou sucos naturais;
  • Invista em frutas e legumes;
  • Evite alimentos industrializados e ultraprocessados;
  • Consuma alimentos ricos em fibras;
  • Pratique exercícios físicos diariamente,
  • Tenha um sono equilibrado.

A especialista destaca a importância de o paciente saber que toda caloria excedente que ingerir será transformada em gordura. “Muitas vezes a pessoa diz ‘eu não como gordura, não sei porque tenho gordura no fígado’, sendo que açúcar, massa e álcool, por exemplo, podem ser transformados em gordura pelo órgão”, explica Bernachi.

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