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Opte por usar produtos de boa procedência nos lábios – Foto: Shutterstock / Alto Astral

Saúde

Especialista dá dicas para evitar problemas nos lábios no verão

Existem vários fatores que podem contribuir para que problemas como queimaduras ou ressecamentos nos lábios apareçam; saiba como evitar

Os lábios são formados por um tecido extremamente sensível, por isso, é comum o surgimento de queimaduras, ressecamentos, rachaduras e fissuras labiais. E apesar de comum, a situação acontece principalmente em períodos de muito calor ou frio, como no verão — que inicia a partir do dia 21de dezembro — e no inverno.

Embora os dois extremos de temperatura cause situações como as queimaduras, elas acontecem por motivos diferentes. E quem explica isso é a dermatologista Mônica Aribi. “A queimadura causada pelo sol muda a estrutura celular; o lábio também começa a ficar mais ressecado, descamativo, com surgimento de fissuras e rachaduras. Já o frio causa um tipo de queimadura que é por desidratação. Nos períodos de baixa temperatura, há uma diminuição da produção natural das glândulas que lubrificam a região, então existe um maior ressecamento porque a pele fica realmente menos hidratada e lubrificada, com a área mais atrófica”.

E ainda que os lábios sofram com a influência da temperatura, existem outros fatores que influenciam na desidratação da região. “Além de usarmos muito movimento da musculatura, a mucosa oral entra em contato com alimentos, bebidas, saliva, cosmético, principalmente batons que nem sempre têm pigmentos naturais e contêm conservantes alergênicos. Então é um local que devemos, sim, tratar com muito cuidado, com produtos específicos”, acrescenta a especialista.

Mas como se prevenir das queimaduras ou ressecamentos nos lábios neste verão? E como tratar? A dermatologista explica. Veja a seguir:

Prevenindo os lábios

Segundo Dra. Mônica, o recomendado é fazer uma hidratação constante e frequente, com formulações ricas em vitaminas e antioxidantes para se prevenir destes problemas. “Os produtos específicos para hidratação local também podem conter filtros solares para evitar que haja danos pela exposição ao sol”, enfatiza.

Outra dica é evitar passar a língua na região dos lábios, pois isso só piora o ressecamento. “Há aquela sensação imediata de umedecimento da região, mas logo depois acontece a formação de microfissuras, de ardência e vermelhidão local”, afirma a especialista.

A médica ainda enfatiza que outro composto que devemos ficar de olho é o cigarro. “Além de poder causar dermatite de contato, ele aumenta a temperatura local e esse é um fator predisponente à formação de células cancerígenas. O cigarro também diminui a irrigação local, provoca degradação do colágeno e dá origem às linhas em código de barra que surgem como rugas ao redor dos lábios”, diz.

Vale lembrar que os ressecamentos, rachaduras e fissuras são ainda mais comuns em pessoas com lábios carnudos e/ou pele mais clara, então, se esse for o seu caso, também é preciso redobrar os cuidados.

Tratamento

Ao perceber desconforto nos lábios, o hidratante labial deve ser usado de duas a três vezes ao dia, segundo a dermatologista. Além disso, você pode optar pela escolha de batons que sejam de marcas conhecidas com uma rotulagem hipoalergênica, testados dermatologicamente, e produtos de boa procedência.

Quando há ressecamento nos lábios, a dermatologista ressalta que sempre aconselha aos pacientes a nunca remover as ‘pelinhas’ ou fazer esfoliação na região dos lábios com grânulos agressivos.

“Quando houver persistência do ressecamento, apesar de todos os cuidados recomendados, deve se procurar um dermatologista para avaliação clínica mais específica. Assim, você vai descartar outros diagnósticos diferenciais e buscar formas de tratamento mais assertivas para o caso em questão. No caso das queimaduras por radiação solar, a ajuda médica pode se fazer necessária”, diz.

Por fim, a médica acrescenta que tratamentos labiais a laser podem melhorar a qualidade da pele da região. Contudo, lembre-se sempre de procurar por um especialista antes de realizar qualquer tipo de tratamento para entender se é o mais adequado para o seu quadro clínico.

Fonte: Dra. Mônica Aribi, dermatologista e sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Membro Internacional da European Academy of Dermatology and Venerology e Coordenadora do Setor de Cosmiatria do Hospital Ipiranga

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