Em um vídeo compartilhado em seu canal no YouTube, Kelly Key falou sobre como é conviver com psoríase e o preconceito que sofre das pessoas por suporem que é contagioso.
A cantora explicou que a situação a incomoda muito, mas a ajudou a descobrir outras questões sobre sua saúde, como intolerância a lactose. "Quem passa pelo mesmo que eu sabe que é desesperador. A psoríase é desmotivante, leva a gente para lugares muito chatos e perigosos da gente ficar, como depressão. A gente sofre o preconceito das pessoas também porque acham que é contagioso", contou a artista.
Para esclarecer um pouco mais a respeito do problema, a dermatologista Fernanda Rochelle Teixeira explica que a psoríase é uma doença inflamatória auto-imune que acomete a pele, inclusive podendo acometer o couro cabeludo e também as unhas. "Vale destacar que não é contagiosa", especifica a doutora.
É importante ressaltar que na maioria dos casos ela causa placas avermelhadas cobertas por escamas e que possuem predileção por algumas áreas do corpo, como é o caso dos cotovelos e da região lombar, por exemplo.
"Não é qualquer pessoa que pode desenvolver psoríase, pois a enfermidade está relacionada com fatores imunológicos, genéticos e de interação com o ambiente", explica a Dra. Fernanda.
Por ser uma doença crônica, essas lesões de pele podem ser controladas, mas não tem cura, ou seja, com o tratamento adequado, elas podem melhorar de aspecto por um período, mas são capazes de voltar a novamente.
Segundo a Dra. Gabriela Capareli, tomar sol de maneira exagerada pode piorar a psoríase. Traumas físicos, como as tattoos, também podem agravar a doença inflamatória. "Pessoas que possuem já psoríase e fazem tatuagens, podem desenvolver uma inflamação no local da arte devido à ferida na pele", explica a dermatologista.
Como afeta o sistema imunológico, o estresse e ansiedade também agravam a doença, assim como o frio, visto que a pele fica mais sensível e ressecada.
Para tratar a doença, existem várias opções de tratamento. Mas claro, vai depender do tipo de psoríase do paciente e da gravidade das inflamações. Hidratação da pele, uso de medicações tópicas, fototerapia, uso de medicações via oral e de biológicos ajudam a tratar a doença. "É importante lembrar que o tratamento deve ser sempre prescrito e acompanhado por um médico", finaliza a Dra. Fernanda Rochelle.
Consultoria: Dra. Fernanda Rochelle, dermatologia e Dra. Gabriela Capareli dermatologista.