Saúde

Especialista explica o impacto do cortisol na nossa saúde

Endocrinologista ressalta a importância e as funções do cortisol para o funcionamento do organismo

Altos níveis de cortisol pode causar inchaço facial e outros problemas para a saúde - Foto: Shutterstock

O cortisol, frequentemente chamado de “hormônio do estresse“, é um esteróide vital produzido pelas glândulas adrenais em resposta ao desgaste emocional e a baixos níveis de glicocorticóides no sangue. Sua produção é estimulada pelo hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), secretado pela glândula hipófise.

A metabologista Elaine Dias JK,  PhD em endocrinologia pela USP, explica que este hormônio desempenha um papel crucial em várias funções do corpo e, quando tem seus níveis muito elevados de desgaste mental, pode causar inchaço facial. Segundo ela, essa resposta do organismo se dá pela condição médica chamada síndrome de Cushing, que resulta de hipercortisolemia e pode causar aparência da face redonda. 

“O sintoma é específico de condições patológicas graves e não se aplica aos níveis ligeiramente elevados de cortisol em resposta ao estresse cotidiano. A conexão entre o que denominam rosto de cortisol e estresse leve ou moderado não tem fundamento científico robusto”, ressalta Elaine.

Efeitos do cortisol no organismo

O cortisol é essencial para a sobrevivência e desempenha funções vitais no corpo, como a regulação do metabolismo de proteínas, gorduras e carboidratos, garantindo que o organismo tenha energia suficiente para funcionar corretamente. Além disso, ele atua entre outras funções, dentre elas: 

  • modulação da resposta imunológica, ajudando a controlar inflamações e a resposta a infecções;
  • ajuda a manter os níveis de glicose no sangue, essencial para fornecer energia ao corpo,
  • auxilia no combate ao estresse, proporcionando um efeito anti-inflamatório.

De acordo com a endocrinologista, os altos níveis de cortisol, condição conhecida como hipercortisolismo, têm diversos efeitos no corpo, como:

  • Redistribuição de gordura: caracterizada por obesidade centrípeta, com deposição de gordura na região abdominal, face, fossa supraclavicular e região dorso-cervical (giba de búfalo);
  • Alterações na pele: atrofia cutânea, equimoses (roxos) secundários a traumas mínimos e estrias violáceas largas, principalmente no abdômen, mama, nádegas e coxas;
  • Atrofia muscular: pode levar a fraqueza muscular;
  • Hipertensão arterial sistêmica: aumento da pressão arterial;
  • Diabetes: aumento dos níveis de açúcar no sangue;
  • Rosto redondo: inchaço da face;
  • Osteoporose: fragilidade óssea;
  • Irregularidade menstrual e alterações de humor: podendo piorar o estresse,
  • Infecções recorrentes: devido à modulação do sistema imunológico.

A especialista alerta que, para identificar a condição de hipercortisolismo e suas causas, é fundamental passar em consulta médica para análise de exames laboratoriais, diagnóstico e tratamento individualizados.

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