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A doença celíaca exige mudanças na alimentação
A doença celíaca exige mudanças na alimentação - Foto: Shutterstock

Saúde

Doença celíaca: entenda problema causado pela ingestão de glúten

Especialistas explicam o que é a doença celíaca, como realizar o diagnóstico correto e também os tratamentos para o problema

Você conhece alguém que já retirou o glúten do cardápio? Pois é! Esse é um cenário cada vez mais comum entre a população. Apesar de não existirem evidências de que essa proteína faz mal ao corpo, muita gente optou por isso por conta própria. No entanto, existem situações diferentes onde extinguir o glúten da alimentação é imprescindível, como é o que acontece no caso da doença celíaca.

Autoimune e de origem hereditária, a doença celíaca se manifesta logo após a ingestão do glúten. Nesse sentido, o sistema imunológico de quem sofre com o problema ataca as células saudáveis assim que o glúten chega ao intestino delgado, gerando um processo inflamatório na parede interna desse órgão.

Quanto aos sintomas de quem sofre com a doença celíaca, eles podem variar entre leve, moderado e grave. Os mais comuns são: diarreia, estufamento, gases, cólicas abdominais, anemia e deficiências nutricionais, já que a condição dificulta a absorção de nutrientes.

Estima-se que uma em cada 100 pessoas sofre com a doença celíaca, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Por isso, é tão importante saber não só como reconhecer o problema, mas também seu diagnóstico e tratamento. E para ajudar, trouxemos a gastroenterologista Ariani Bernachi Yankelevich e a nutróloga Juciara Jardim, ambas especialistas da Prevent Senior. Confira a seguir!

Doença celíaca x intolerância ao glúten

Uma situação que pode confundir muita gente é a diferença entre a doença celíaca e a intolerância ao glúten. Apesar do nome parecido, elas possuem características distintas. Enquanto a doença celíaca causa uma inflamação imediata no intestino delgado por conta do consumo do glúten, a intolerância é apenas uma resposta negativa do corpo em relação à proteína, sem gerar uma inflamação. Nesse último caso, trata-se de uma sensibilidade do organismo, um desconforto.

Diagnóstico

Não existe um período específico da vida para a manifestação da doença celíaca. Mesmo assim, há sinais de alerta em jovens e adultos com essa condição. Em crianças, o principal sintoma é o déficit de crescimento e desenvolvimento. Nos adultos, um indício do problema é o surgimento da osteoporose precoce.

Ao perceber qualquer sintoma, a orientação é buscar por um especialista para o diagnóstico correto e início do tratamento. Para confirmar a doença, são necessários exames de sangue para buscar anticorpos específicos, além da biópsia da área inflamada.

Tratamento

A doença celíaca não tem cura, mas precisa ser tratada. Esse processo é inteiramente focado na mudança de hábitos alimentares, mais precisamente em uma dieta sem glúten. Feito isso, o corpo deve funcionar normalmente.

A dieta sem glúten é recomendada apenas para pessoas que possuem a doença ou são intolerantes a glúten. Para especialistas, quem não se enquadra em nenhum desses casos deve ter uma dieta equilibrada e fazer a ingestão do glúten normalmente.

Afinal, essa proteína é encontrada em diversos alimentos que trazem benefícios ao corpo, como produtos integrais. Nestes casos, seu consumo dá mais energia, ajuda no controle da glicemia, regula os níveis de colesterol e triglicerídeos, entre outros.

Alimentação para celíacos

Uma dieta sem glúten é bastante restritiva. Como essa proteína é encontrada em vários alimentos do dia a dia, vale a pena saber quais deles o celíaco deve evitar. Veja alguns deles:

  • Pães
  • Bolos
  • Macarrão
  • Salgadinhos
  • Cervejas e bebidas maltadas
  • Suplementos nutricionais

Além dos alimentos citados acima, o glúten pode ser encontrado em bolachas, croissant, donuts, pizza, hambúrguer, cachorro-quente, alguns queijos, ketchup, molho branco, maionese, shoyu, cereais e barrinha de cereais.

Mas não se assuste! Apesar da dieta restrita, uma pessoa celíaca tem uma variedade de opções alimentares. Veja algumas delas:

  • Farinhas de mandioca, soja, arroz, amêndoa, castanhas, chia, quinoa e grão-de-bico
  • Frutas não processadas, como banana, maçã, uva, limão, abacaxi e maracujá
  • Legumes e verduras, como brócolis, alface e cenoura
  • Proteínas, como peixes, carnes frango e ovos 

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