Saúde

DIU: especialistas esclarecem dúvidas sobre o método contraceptivo

Apesar de ser um dispositivo seguro e eficaz na prevenção da gravidez, o DIU ainda é pouco usado pelas mulheres

DIU é um método contraceptivo pouco usado no Brasil - Foto: Shutterstock

O DIU (dispositivo intrauterino) é um dos métodos mais eficazes e seguros para quem não quer engravidar. Além disso, é uma opção muito acessível, sendo oferecido gratuitamente pela rede pública de saúde. 

Apesar disso, de acordo com dados do Ministério da Saúde, apenas 1,9% das mulheres em idade fértil usam o dispositivo no Brasil. O motivo, talvez, seja a falta de informação, que provoca muitas questões e inseguranças sobre o assunto.

Assim, para esclarecer alguns dos mitos que envolvem o dispositivo intrauterino, contamos com a ajuda de uma dupla de especialistas que responderam as principais dúvidas sobre o tema. Confira:

Quem pode usar o DIU?

O DIU é indicado para qualquer mulher maior de 14 anos e sexualmente ativa, que não tenha fatores de riscos para doenças inflamatórias pélvicas. Também é uma alternativa para as mulheres que não podem usar pílulas anticoncepcionais.

“Esse tipo de dispositivo é uma boa alternativa para evitar gravidez, com eficácia de até 99% de proteção, ou seja, apenas 1% de chance de falha”, explica a Dra. Paula Fettback, ginecologista e obstetra.

A diferença entre os DIUs

O DIU não hormonal (cobre ou cobre associado a prata) é o dispositivo intrauterino mais tradicional. Ele funciona através de alterações químicas que danificam o espermatozóide e o óvulo antes que se encontrem.

Segundo Fettback, as contraindicações, geralmente, estão relacionadas a possíveis problemas na formação do útero e a falta de adaptação do método, que pode causar cólicas e desconforto em casos raros. 

Já o DIU hormonal (mirena ou SIU) libera uma dose baixa e contínua de progesterona no útero que altera a consistência do muco cervical, deixando-o mais espesso para impedir a entrada dos espermatozóides.

Como benefício, ele pode reduzir o fluxo e a intensidade do ciclo menstrual, por isso, é indicado para as mulheres que não querem ou não podem menstruar. 

DIU combate a endometriose?

O dispositivo intrauterino — sobretudo o mirena — pode sim ser usado no tratamento da endometriose, visto que alivia sintomas como cólicas intensas e sangramentos. “É um distúrbio em que o tecido que normalmente reveste o útero cresce fora do órgão. Na endometriose, o tecido pode estar presente nos ovários, nas tubas uterinas, na bexiga, no intestino e em outros órgãos. Assim, o DIU é eficaz no tratamento dessa condição”, explica o ginecologista e obstetra César Patez.

DIU pode provocar acne?

A acne, conforme revela o médico, é um dos efeitos colaterais provocados pelo DIU hormonal. “Esse tipo de método é feito com o hormônio progesterona, e ele é muito ruim para a pele e o cabelo das mulheres. A progesterona deixa a pele um pouco mais oleosa, causando a tendência de obter acnes”, afirma. No entanto, o sintoma é, relativamente, comum nas primeiras semanas e tende a desaparecer rapidamente.

Prós e contras

O DIU é um dispositivo que possui um ótimo custo-benefício, porém, assim como qualquer outro método contraceptivo, ele também possui seus prós e contras. Veja quais são eles abaixo:

Os prós 

  • A eficácia é grande;
  • Possui praticidade e longa duração;
  • Não depende de lembrar ou esquecer de tomar algum medicamento;
  • As relações sexuais e o contato íntimo não são afetados;
  • O método é reversível e a fertilidade volta após a remoção;
  • A troca frequente não é necessária;
  • É possível amamentar sem problemas,
  • Os efeitos colaterais são mínimos.

Os contras

  • Apenas um médico pode inserir e trocar o dispositivo;  
  • O processo pode ser desconfortável;
  • Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis;
  • Para proteção a curto prazo, não vale muito a pena;
  • Procedimentos inadequados e sem acompanhamento médico podem provocar complicações de saúde.

Fonte: Saúde em Dia; Dra. Paula Fettback, ginecologista e obstetra; César Patez, ginecologista e obstetra.

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