Saúde

Hipertermia: calor extremo exige cuidados com a saúde

Entenda como se proteger da hipertermia, problema relacionado a períodos de altas temperaturas

A hipertermia é uma condição grave que pode levar à falência dos órgãos - Foto: Shutterstock

O calor intenso tem se tornado cada vez mais extremo e perigoso. Isso porque, com temperaturas recordes, ultrapassando os 40° em algumas cidades nesta semana, aumentam também os casos de hipertermia. O problema é conhecido como golpe de calor, condição grave que pode levar à falência de órgãos.

O golpe de calor acontece quando o corpo não consegue regular a temperatura. Em ambientes muito quentes o corpo produz uma resposta imunológica inflamatória, ocasionando disfunções que podem levar a sintomas como suor excessivo, tontura, falta de ar, visão turva, aumento ou queda da pressão arterial, taquicardia e até delírios. O sinal de alerta mais preocupante é a confusão mental e a fraqueza súbita.

“No calor extremo, o organismo pode entrar em descompensação, com liberação excessiva de citocinas, proteínas responsáveis pela imunidade. Esse desequilíbrio pode levar à falência de órgãos vitais como cérebro, fígado, pulmões, coração e rins”, explica o cardiologista André Soares Maria, do Hospital e Maternidade São Luiz São Caetano. 

Como a hipertermia ocorre?

A hipertermia pode ser perigosa e exige atenção em períodos de intenso calor. De acordo com o médico, a condição ocorre principalmente de duas maneiras:

  • Golpe de calor clássico: mais comum em crianças, idosos e pessoas sedentárias. Ele se desenvolve de forma silenciosa, após dias de exposição ao calor intenso.
  • Golpe de calor de esforço: pode afetar qualquer pessoa, inclusive atletas e indivíduos saudáveis, surgindo de forma abrupta. É uma das principais causas de morte súbita em esportistas, pois o corpo atinge seu limite de defesa térmica.

“O risco maior da hipertermia é a desidratação aguda. Um sinal de alerta é a diminuição do fluxo urinário, que pode indicar que o corpo já está sofrendo com a perda de líquidos e eletrólitos”, alerta André Soares Maria. “Pacientes com doenças crônicas que usam medicamentos diuréticos são um grupo de risco, assim como idosos e crianças, que possuem um organismo mais frágil”, complementa o cardiologista.

Como se proteger?

Para evitar problemas de saúde causados pelo calor excessivo, é fundamental tomar algumas medidas preventivas:

  • Evitar o sol entre 10h e 16h;
  • Usar roupas leves, chapéus e protetor solar;
  • Manter-se hidratado, ingerindo de 35 a 50 ml de água por quilo de peso corporal;
  • Optar por alimentos leves e com pouco sódio,
  • Usar isotônicos, que ajudam a repor eletrólitos perdidos pelo suor.

Caso alguém apresente sinais de hipertermia, é essencial levá-lo para um local fresco e ventilado, oferecer líquidos e resfriar o corpo com compressas frias. Porém, se os sintomas persistirem, é preciso procurar atendimento médico imediato.

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