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Médica fala sobre a dificuldade em engravidar depois do câncer de mama e aponta cuidados para preservar a fertilidade durante o tratamento
Embora o câncer de mama possa afetar a fertilidade, pacientes conseguem ser mães depois do tratamento - Foto: Shutterstock

Saúde

Câncer de mama: é possível engravidar após o tratamento?

Médica fala sobre a dificuldade em engravidar depois do câncer de mama e aponta cuidados para preservar a fertilidade durante o tratamento

Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica que a incidência de câncer de mama está entre 4% e 5% no público com menos de 35 anos. A faixa etária historicamente representava apenas 2% dos casos observados. Para essas mulheres, o diagnóstico vem acompanhado de receios sobre os impactos que o tratamento pode causar na fertilidade.

A preocupação se justifica porque, segundo especialistas, os tratamentos oncológicos podem exigir o uso de medicamentos que agridem o ovário, causando uma perda temporária ou definitiva de sua função. A boa notícia é que é possível preservar a fertilidade em pacientes com câncer de mama. Especialistas da área oncológica apontam que, antes de iniciar o tratamento, as mulheres podem recorrer a criopreservação de oócitos, mais conhecida como congelamento de óvulos.

Relação do câncer de mama com a fertilidade

De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia (SBO), um câncer pode comprometer a fertilidade da mulher conforme o tratamento adotado para curar a doença. Entre os métodos disponíveis para tratar tumores estão quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, terapia-alvo e imunoterapia. 

A quimioterapia e a radioterapia são dois tratamentos que podem comprometer de forma temporária ou definitiva o funcionamento dos órgãos reprodutivos. Isso depende dos medicamentos utilizados e das doses administradas. Também há uma relação com a faixa etária da paciente. Mulheres que utilizam a quimioterapia como método de tratamento após os 35 anos têm menos chances de concepção futura.

Já a radioterapia pode comprometer a fertilidade devido a radiação que pode danificar diretamente os ovários. Portanto, nesses casos, não há relação com o câncer de mama. Segundo a SBO, ainda faltam estudos que apontem os impactos na vida reprodutiva em pessoas que passaram por hormonioterapia, terapia-alvo ou imunoterapia. 

Medidas preventivas garantem a fertilidade

Embora os riscos possam causar alarde em mulheres que ainda não realizaram o desejo de ser mãe, há métodos para preservar a fertilidade das pacientes que enfrentam o câncer de mama. Na maioria dos casos, é indicada a criopreservação de oócitos, popularmente conhecida como congelamento de óvulos. Conforme a especialista em Reprodução Humana Assistida, Adriana de Góes, a técnica é complementar à fertilização in vitro (FIV).

A profissional explica que, para que os óvulos sejam criopreservados, é realizada uma estimulação ovariana, induzida por hormônios, para incitar o crescimento dos folículos, que contêm os óvulos. Esse processo pode ser iniciado em qualquer fase do ciclo menstrual, independente da ocorrência da menstruação. Portanto, o tratamento pode ser imediato, com duração de 2 semanas e sem impactar no tratamento oncológico. 

A técnica de congelar os óvulos nesses casos é reconhecida como um direito pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A entidade determinou que os planos de saúde custeiam os gastos associados a esse procedimento para pacientes oncológicos. A recomendação é congelar os gametas femininos antes de iniciar o tratamento e, após receber alta, recorrer a serviços de ginecologia e técnicas de reprodução assistida. 

A SBO aconselha que, após o término do tratamento oncológico, as pacientes aguardem um período entre seis e dois anos para engravidar. A orientação é válida para as mulheres que pretendem tentar de forma natural ou realizar algum tratamento, por conta do risco do câncer recidivar. Ainda de acordo com Adriana, os óvulos congelados não têm prazo de validade, portanto, a mulher pode utilizá-los quando bem entender após o período indicado pelo médico oncologista que acompanha o caso.

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