Saúde

Câncer colorretal também pode atingir jovens; conheça seus sintomas

O Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal (27/03) possibilita a conscientização da população sobre a doença, diagnóstico e tratamento

Estudos indicam que doença vem aumentando entre um público cada vez mais jovem com o passar dos anos - Foto: Shutterstock

O Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal é celebrado nesta segunda-feira, 27 de março. Criada para alertar sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce da doença, ela também chama atenção para a incidência deste tipo de tumor em pessoas jovens. Mesmo sendo comum a partir dos 50 anos, estudos mostram que diagnóstico cresce anualmente nos mais jovens.

Um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute e realizado nos Estados Unidos de 1974 até 2013 analisou a incidência do câncer colorretal entre um público mais jovem. No grupo de pessoas entre 20 a 39 anos de idade, por exemplo, o número de novos casos de câncer de intestino vem crescendo anualmente, entre 1% e 2,4%, desde a década de 1980. Já os casos de câncer de reto, nas pessoas entre 20 e 29 anos de idade, tiveram um aumento anual médio de aproximadamente 3,2%, desde 1974.

De acordo com o Dr. Artur Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, é muito importante que a população conheça os sinais do câncer colorretal e procure por um especialista o quanto antes. “Apesar da doença muitas vezes ser silenciosa, o paciente deve observar se há alteração nos hábitos intestinais, como constipação, diarreia, ou estreitamento das fezes por alguns dias, ausência da sensação de alívio após a evacuação, como se nem todo conteúdo fecal fosse eliminado, nódulo no abdômen, sangue nas fezes, cólica, dor abdominal, perda de peso sem motivo aparente, sangramento retal, fraqueza e sensação de fadiga”, explica.

O que é o câncer colorretal e como prevenir?

O câncer colorretal se desenvolve no intestino grosso e pode atingir tanto o cólon quanto sua porção final, o reto. Estima-se que, 90% dos casos do tumor se originam de pólipos que, quando não identificados e tratados, podem se tornar cancerígenos. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é esperado que entre 2023 e 2025 surjam 45.630 casos da doença em homens e mulheres a cada ano.

Dentre os fatores de risco do tumor, é possível observar uma relação com os hábitos alimentares e de vida, além de condições prévias de saúde. Como forma de prevenção, o oncologista reforça que é necessário seguir algumas orientações.

“Deve-se investir em uma dieta rica em fibras e uma menor ingesta de carnes vermelhas, processadas e expostas ao calor intenso, praticar atividades físicas, evitar bebidas alcoólicas e tabagismo e manter um peso saudável. Além disso, é importante investigar se o paciente possui doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a doença de Crohn ou colite ulcerativa, além de histórico familiar de casos de câncer colorretal”, explica Artur Ferreira.

Diagnóstico e tratamento

Para traçar o diagnóstico do câncer colorretal, é necessário que um oncologista analise o histórico do paciente. Assim, é possível investigar possíveis sinais de risco para a doença. Em seguida, é necessário a realização de exames, sendo o primeiro deles o físico. Nele, o médico irá apalpar o abdômen em busca de algum tipo de anormalidade, ou seja, órgãos aumentados ou massas no local.

O especialista também pode solicitar ainda um exame digital retal. Com o dedo protegido por uma luva lubrificada, o médico irá avaliar se existe algo de diferente no reto do paciente. “Além do exame físico e digital, pode ser pedido exames de sangue e fezes, biópsia, colonoscopia e de imagem, como raio X, ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada e PET Scan”, comenta.

Caso o resultado seja positivo, o médico responsável também avaliará o estágio do câncer. Segundo o oncologista, essa informação é fundamental para determinar o tratamento e entender se há ou não o comprometimento de outros órgãos.

Na maioria dos casos, o câncer colorretal é curável. No entanto, é essencial que o diagnóstico aconteça precocemente, aumentando assim o sucesso do tratamento. “A equipe multidisciplinar irá avaliar cada caso a parte, adotando quais serão as estratégias e opções disponíveis para o paciente”, comenta o oncologista.

Opções de tratamento para o câncer colorretal

Dr. Artur Ferreira também explica que existem dois tipos de tratamentos. São eles:

  • Tratamentos locais (cirurgia, radioterapia, embolização e ablação): agem diretamente no tumor, sem afetar o restante do corpo. Pode ser realizado nos estádios iniciais ou ainda nos tumores menores que não apresentam metástase.
  • Tratamentos sistêmicos (quimioterapia, imunoterapia ou terapias-alvo): pode ser realizado por drogas orais (comprimidos) ou endovenosas (na veia), aplicando diretamente na corrente sanguínea.

Além disso, cabe ressaltar que o câncer colorretal é a única neoplasia que já pode ser tratada enquanto estiver na fase pré-cancerosa. O procedimento consiste na retirada dos pólipos, que podem surgir na parede interna do intestino grosso.

“Diferente do câncer de mama, por exemplo, onde a doença é identificada geralmente em fase inicial com os exames de rotina, o tumor colorretal pode ser descoberto na fase pré-cancerosa com a colonoscopia. A boa notícia é que quando as lesões são precocemente removidas, o aparecimento do câncer pode ser evitado”, finaliza o médico.

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