Saúde

Baby Blues: entenda o que é a tristeza após o parto, relatada por Manu Gavassi

Cantora abriu o coração sobre o baby blues, que conseguiu superar. Especialistas explicam o que significa o termo

Baby Blues: entenda o que é a tristeza após o parto, relatada por Manu Gavassi - Foto: https://www.instagram.com/manugavassi/

O nascimento de um bebê costuma ser cercado de expectativas positivas, mas, para muitas mães, a experiência é atravessada por sentimentos de​ ​​medo e desesperança. Segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), essa é a realidade de cerca de 25% das mulheres brasileiras nos primeiros 18 meses após o parto. ​​​ A cantora e atriz, Manu Gavassi, relatou que passou pelo baby blues, ao dar a luz a sua filha, Nara. Fato que conseguiu superar com ajuda e apoio do seu marido e de sua mãe.

Baby Blues acomete mulheres no puerpério

Trata-se da depressão pós-parto, um transtorno que pode surgir semanas ou até meses depois, com impacto direto na saúde física e mental da mãe, no desenvolvimento da criança e no equilíbrio de toda a família. O puerpério é um período de intensas transformações hormonais, sobrecarga física e exigências emocionais. 

Importante lembrar que não é uma fraqueza

​​O ​​ideal​​ ​​ social de que a maternidade seja vivida unicamente com ​alegria pode agravar o sofrimento, ao gerar culpa e isolamento nas mulheres que não se reconhecem ness​​e​​ ​contexto.​ “A depressão pós-parto não é uma fraqueza ou falta de amor pelo bebê. É uma condição clínica que precisa ser diagnosticada e tratada, assim como qualquer outro problema de saúde”, afirma Dr. Newton Silva, ginecologista da UBS Vera Cruz, gerenciada pelo CEJAM- Centro de Estudos e Pesquisa “Dr. João Amorim”, em parceria com a Secretaria Municipal d​​a​​ Saúde​ de São Paulo (SMS-SP)​.

Sintomas do baby blues são variados

O quadro se caracteriza por tristeza persistente, perda de interesse em atividades antes prazerosas, irritabilidade, choro frequente e fadiga extrema. Podem ocorrer também sintomas físicos, como dores musculares, cefaleia, alterações no apetite e insônia. Nos casos mais graves, há risco de automutilação ou pensamentos de ferir o bebê. “Os sinais de alerta aparecem quando sentimentos de ansiedade e desespero passam a interferir na rotina e no cuidado com a criança, e quando a mãe começa a duvidar de suas habilidades maternas. Esse é o momento de procurar ajuda médica imediatamente”, reforça o especialista.

Alguns fatores pode aumentar a condição

Fatores como a falta de apoio familiar e social, histórico prévio de transtornos mentais, gravidez não planejada e estresse intenso aumentam as chances de desenvolvimento da condição.

Depressão pós-parto ou baby blues? 

Segundo o ginecologista, é comum que, nos primeiros dias após o parto, a mulher apresente instabilidade emocional, choro fácil e sensibilidade aumentada, reações conhecidas como baby blues. “É uma disforia passageira, marcada por mal-estar e ansiedade. Surge, geralmente, entre o segundo e o terceiro dia após o parto e desaparece espontaneamente em até duas semanas. Apesar do desconforto, não compromete de forma significativa a funcionalidade da mãe”, ​​pontua.​​​​

Já a depressão pós-parto é mais duradoura e incapacitante, exigindo intervenção profissional. Enquanto o baby blues está diretamente ligado a ajustes hormonais e à adaptação à nova rotina, a depressão envolve um conjunto mais complexo de fatores biológicos, psicológicos e sociais. “O isolamento da puérpera, a tristeza persistente, a falta de motivação e a dificuldade em estabelecer vínculo com o bebê não são comuns no baby blues e merecem atenção redobrada de familiares e amigos”, orienta o médico.

Tratamento  

No baby blues, a principal abordagem é o acolhimento e o suporte emocional. O quadro tende a se resolver espontaneamente, mas contar com rede de apoio, descanso adequado e compreensão do parceiro e familiares é fundamental. Grupos de puérperas, rodas de conversa em Unidades Básicas de Saúde e o acompanhamento pelo enfermeiro ou médico durante o puerpério ajudam a reduzir a intensidade dos sintomas e ​​prevenir​​ agravamentos.

Já a depressão pós-parto requer intervenção profissional. Segundo Dr. Newton, a combinação de psicoterapia e tratamento medicamentoso costuma ser a mais eficaz. “A escolha de antidepressivos seguros, com baixa passagem para o leite materno, permite que a mãe mantenha a amamentação. O acompanhamento psicológico ajuda a reorganizar a rotina, reduzir a ansiedade e resgatar o prazer nas atividades diárias”.

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