A novela das 7 da TV Globo, “Vai na Fé”, abordará nos próximos capítulos a alopecia, condição em que ocorre a perda de cabelo em parte da cabeça ou do corpo. Marlene (Elisa Lucinda) revelará a doença e contará com a ajuda de uma amiga para tratá-la. Atualmente, estima-se que de 1% a 2% da população sofra com esta condição.
Muitas vezes, a alopecia só é diagnosticada quando compromete cerca de 25% a 30% da quantidade normal de cabelos. O médico e tricologista Dr. Ademir Carvalho Jr. afirma que, ao menos, ¼ dessa densidade total é perdida ou prejudicada de alguma forma pela ação da doença.
Tipos de alopecia
Alopecia areata
Este tipo causa uma queda de cabelo intensa devido a fatores autoimunes, genéticos ou emocionais, caracterizada por uma falha circular no couro cabeludo. “Em alguns casos, pode ocorrer a queimação antes da queda e, ao cair o cabelo, placas brancas ficam visíveis e os fios ao redor delas ficam mais sensíveis ao toque e podem cair com facilidade”, explica o médico.
A alopecia areata não tem cura definitiva, porém o acompanhamento adequado pode controlar os sintomas. O tratamento é feito por um dermatologista e varia de acordo com a gravidade do caso. “Ele pode ser feito com injeções de cortisona, aplicação de cremes com corticosteróides ou pomadas no couro cabeludo para estimular os folículos a produzirem os fios”, revela.
Alopecia cicatricial
A alopecia cicatricial ocorre quando alguma inflamação danifica os folículos capilares, impedindo a produção de fios no local. “Elas costumam ser mais preocupantes e requerem urgência no diagnóstico correto e no tratamento, uma vez que sua perda capilar pode ser irreversível”, alerta o Dr. Ademir.
Isso se deve ao fato de que as células-tronco presentes no folículo, responsáveis por reiniciar o ciclo de crescimento capilar, foram destruídas, resultando em uma redução permanente da densidade de folículos pilosos na região atingida pela doença.
O médico conta que casos como estes são muito comuns, e este tipo de alopecia muitas vezes está relacionado a:
- Lúpus eritematoso cutâneo;
- Líquen plano pilar;
- Foliculite decalvante,
- Alopecia fibrosante frontal.
Alopecia não cicatricial
A alopecia do tipo não cicatricial pode ser acompanhada de uma inflamação mais branda que não provoca danos permanentes ao paciente, sendo, assim, tratável. Através do tratamento, é possível manter os cabelos em quantidade e qualidade normais ou muito próximo a isso.
Conforme o especialista, essa perda de fios surge de distúrbios capilares que não resultam em aspecto cicatricial do couro cabeludo, como alopecia areata, eflúvios e alopecia androgenética.
Consulte um médico
Distúrbios capilares como a alopécia não oferecem risco à vida, no entanto, podem ser sinal de uma doença mais grave, como tumores secretantes e lúpus eritematoso sistêmico, por exemplo. Ainda assim, é importante ter em mente que elas afetam significativamente a saúde e, por isso, merecem atenção. Portanto, se você sofre com queda de cabelo, procure ajuda médica para identificar a causa e iniciar o tratamento.