A vermifugação é imprescindível para a manutenção da saúde e bem-estar dos pets. O procedimento é responsável por manter os animais protegidos contra a ação dos vermes, que podem se alojar no esôfago, estômago, intestino, coração, pulmão e rins dos animais causando uma série de problemas de saúde.
“As verminoses são causas comuns de idas ao veterinário. A doença afeta o organismo dos cães causando sintomas como diarreia, vômito, apatia, anemia, diminuição do apetite, entre outros. Em casos graves, a infestação pode até mesmo resultar no óbito do animal”, explica Marina Tiba, médica veterinária e gerente de produtos da unidade pet da Ceva Saúde Animal.
Entre os vermes mais comuns estão os nematódeos e cestódeos. A maior parte das contaminações acontecem por via oral-fecal. Isto é, quando o animal entra em contato com fezes ou objetos que estejam contaminados com ovos ou larvas de verme, contato com hospedeiros intermediários e até mesmo por via placentária da cadela prenhe para o filhote.
“Os animais acometidos podem apresentar sinais clínicos leves, que surgem e desaparecem muito rápido ou até mesmo não ter nenhum sinal evidente. Isso acaba não acendendo um alerta no tutor. Porém, qualquer verminose que acomete os animais causa danos, que variam de acordo com a espécie do parasita, quantidade presente no organismo e órgão afetado”, detalha Marina.
Medidas de prevenção
A prevenção é a melhor estratégia para manter os animais protegidos, sendo indicada a realização da vermifugação periódica com um protocolo estabelecido pelo médico veterinário, que irá considerar a idade e estilo de vida do animal.
No caso dos cães filhotes, por exemplo, o procedimento deve ser realizado logo nas primeiras semanas de vida. Isso porque, os animais podem ser contaminados durante a gestação ou na fase de amamentação e, como tem o sistema imunológico pouco desenvolvido, ficam mais suscetíveis à ação dos parasitas, o que pode inclusive colocar em risco o desenvolvimento do pet.
No caso dos animais adultos, o protocolo irá depender do estilo de vida do animal e da avaliação do médico-veterinário. O ideal é que isso ocorra a cada três ou seis meses, ou então mensalmente. As fêmeas prenhes devem ser vermifugadas uma semana antes do parto e três semanas após a parição, juntamente com a primeira vermifugação dos filhotes.
“A vermifugação, assim como a vacinação, faz parte da rotina de cuidados com o pet. Muitos tutores acreditam que o procedimento deve ser realizado apenas nos filhotes. Mas essa é uma medida que precisa estar presente em todas as fases de vida do animal”, ressalta Marina.
E no caso dos gatos?
É comum supor que os gatos não precisem de vermifugação, devido à sua exposição limitada a ambientes externos e ao hábito de limpeza da espécie, fazendo com que muitas pessoas presumam que isso possa prevenir infestações parasitárias. No entanto, assim como os cães, os felinos também estão expostos à ação dos vermes.
Os felinos podem ser infectados por meio do consumo de água e alimentos contaminados, pelo contato direto com outros animais ou pela ingestão de pulgas. Entre os parasitas intestinais mais comuns que afetam os felinos, estão os nematódeos e os cestódeos, que causam parasitoses intestinais. Os sinais mais frequentes, nos animais contaminados, são a diarreia e o vômito.
Portanto, a vermifugação é recomendada para os felinos como parte de seus cuidados de saúde preventiva. Os filhotes felinos devem ser vermifugados em três fases, que serão divididas entre a terceira, sexta e nona semanas de vida. Já os animais adultos devem ser vermifugados a cada três ou seis meses, de acordo com a orientação do médico-veterinário.
As fêmeas prenhes e lactantes também devem ser vermifugadas antes de acasalarem, uma semana antes do parto e três semanas após a parição.