Com as férias escolares, muitas famílias decidem usar os meses de dezembro e janeiro para viajar, e a praia é um dos destinos amados por grande parte dos brasileiros. Mas e quando a família tem um membro de quatro patas?
Há casos nos quais o bichinho fica com alguém de confiança durante esse tempo. Todavia, ir para a praia com cachorro e se divertir com o seu “amicão” nas férias também é possível – inclusive, eles adoram! Isso desde que sejam tomados alguns cuidados para a sua saúde, proteção e bem-estar.
Segundo a médico-veterinária Dra. Aline Ambrogi, o mais importante, antes mesmo de pegar a estrada, é entender se a praia é pet friendly. No Brasil, existem locais que não aceitam cães, e descobrir isso apenas na hora vai gerar um problema imenso. Outro fator primordial é se o seu animal tem idade para frequentar a praia, local onde o risco de doenças é eminente.
“Eles podem passear na praia somente depois que o esquema vacinal estiver completo, a partir dos quatro meses de vida. Antes disso, há grande risco de o animal ficar doente, já que não tem imunidade suficiente para combater infecções graves”, salienta a Dra. Aline, que é docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), do Grupo UniEduk.
O tutor também deve estar sempre de olho na possibilidade de hipertermia, ainda mais nos dias de calor extremo. As raças braquicefálicas (buldogues, pugs, e shih tzus), têm dificuldade para respirar e controlar sua temperatura corporal, merecendo atenção redobrada.
Porém, ainda ficam algumas dúvidas sobre como cuidar do seu cachorro na praia, não é mesmo? Veja sete perguntas e respostas da especialista sobre o tema para curtir a praia com o seu melhor amigo:
Quais vacinas devem estar em dia?
As múltiplas (V8 ou V10, por exemplo), bem como a da gripe e a de raiva, que é obrigatória e está disponível em todo o território nacional. Antes de viajar, a Dra. Aline recomenda passar por consulta com um médico-veterinário de confiança, para fazer um check-up e receber outras orientações.
O que levar na malinha do animal?
Na mala do animal você não pode esquecer de colocar itens como: comedouro e bebedouro, colchonete para coloca na areia, coleira, peitoral e guia, saquinho cata-caca e xampu para banho. Faça aquele checklist para não esquecer nada!
Devo passar protetor solar nele?
Sim! Isso é ainda mais importante no caso de animais brancos, nos quais o produto sempre deve ser espalhado por todo o corpo. Nos cães de outras cores e peludos, o protetor estar nas áreas sem pelos, tais como ponta de orelha, focinho e barriga.
Inclusive, a Dra. Aline orienta que é bom evitar tosar o pelo do animal antes da viagem, justamente para proteger contra o sol. A aplicação do protetor deve ser refeita a cada 3 horas de exposição solar e sempre meia hora antes de sair de casa. Sobre qual produto utilizar, os específicos para cães e gatos são mais seguros, de acordo com a médico-veterinária.
Roupinhas especiais protegem contra o sol?
Atualmente, o mercado pet até oferece roupinhas que são eficazes contra os raios UVA e UVB. Entretanto, elas não protegem regiões como ponta de orelha, patas, focinho e barriga – ou seja, não substituem o protetor solar.
Cachorro pode entrar no mar?
Sim, o animal pode entrar na água, sempre com supervisão do tutor para evitar afogamentos. É bom ficar atento ainda à ingestão de água salgada, que pode levar o cão ter vômitos e até alterações na pressão arterial.
O que ele deve comer e beber na praia?
De preferência ofereça ao pet alimentos úmidos, como sachês, ou a própria ração. Frutas suculentas, como melancia e melão, servem como petiscos – confira antes quais os bichos podem ingerir. E, para espantar o calor, deve-se ofertar água geladinha e limpa.
Atenção: em hipótese alguma ofereça alimentos vendidos na praia e que podem causar intoxicação.
É preciso dar banho todo dia que retornar da praia?
A resposta é sim! “Os animais precisam tomar banho quando chegam para retirar todo o sal e a areia que ficam na pele e podem causar prurido e dermatites. É importante ainda não esquecer de secá-lo muito bem!”, explica a profissional. E ninguém quer aquele cheiro de cachorro molhado pela casa ou hotel, né?