A época florida e colorida pode parecer bastante apropriada para passear com os pets, afinal, o clima é ameno e eles precisam de atividade física diariamente. No entanto, é preciso prestar atenção aos perigos que a primavera oferece à saúde dos animais, como crises alérgicas e intoxicações
Segundo a médica veterinária Priscila Rizelo, a primavera pede cuidados com parasitas externos, alergias e irritações na pele. Esses fatores podem ser responsáveis pela transmissão de diferentes doenças e com risco de agravamento se não houver um rápido diagnóstico.
Pets e plantas: atenção redobrada!
Cachorros e gatos tendem a ser muito curiosos, principalmente quando se trata de “novidades”. Por exemplo: encher a casa de plantas e flores pode ser um convite para esses bichinhos tentarem descobrir o que é, mas nem sempre isso é seguro. “É preciso saber que algumas espécies de plantas possuem substâncias tóxicas para os animais, podendo colocá-los em risco, caso entrem em contato direto com elas ou ingiram alguma parte”, alerta a veterinária.
Algumas das espécies que devem ser mantidas longe dos pets, destacadas por Priscilla, são: lírios, dama da noite, hera, glicínia, espada de São Jorge, comigo- ninguém-pode, costela de Adão, jiboia, copo de leite, samambaia, violeta, hibisco, avenca e tulipa. Mas lembre-se que isso não impede você de ter essas plantas em casa. Basta deixá-las longe dos bichinhos!
De olho nos parasitas externos
“Outro agravante desta estação é o aumento de parasitas externos, como pulgas, carrapatos, moscas e pernilongos. Eles são os responsáveis pela transmissão de doenças que podem ser fatais”, conta a veterinária. Por essa razão, ela reforça a importância de manter a aplicação do ectoparasiticida em dia e cuidados também
com picadas de abelhas e formigas.
Os pets também têm alergias
“Na primavera, existe a polinização, e o polem tem um alto potencial alérgico para humanos e animais. Com isso, especialmente aqueles que já tenham sensibilidade
ou hipersensibilidade, o contato com a pele ou as mucosas nasais e bucais podem
desencadear uma crise alérgica”, esclarece o médico veterinário Raphael Clímaco.
Ainda de acordo com ele, essas alergias tendem a se manifestar, geralmente, de
maneira cutânea, com prurido, vermelhidão e coceira na pele. No entanto, alguns
pets, mesmo que em minoria, podem ter alergias respiratórias, o que acarretará em
outros sintomas, como espirros e coriza.
“As predisposições alérgicas não estão ligadas à idade. Existem algumas raças,
sim, mais suscetíveis, como maltês e shih-tzu, por exemplo. Mas essa avaliação
deve ser feita sempre de forma individual e para cada animal”, acrescenta Raphael.
Logo, vale ficar de olho no seu amigão e buscar imediatamente a ajuda de um
profissional em casos de algum sintoma, ok?
Fontes: Priscila Rizelo, médica veterinária formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e coordenadora de Comunicação Científica da Royal Canin;
Raphael Clímaco, médico veterinário formado pela Faculdade Pio Décimo e diretor
de saúde da Plamev Pet.