Assim como acontece com humanos quando chegam na terceira idade, os pets idosos também precisam de brincadeiras para ter uma boa qualidade de vida. Por isso, é recomendado que os tutores insiram o hábito de brincar também nessa fase, para favorecer o bem-estar físico e mental dos amigos de quatro patas mais longevos.
“Muitos pensam que, ao chegar a certa idade, os animais precisam diminuir o ritmo, mas é o contrário. Brincadeiras e práticas que estimulem o pet a manter-se ativo são muito bem-vindas”, explica Thiago Teixeira, veterinário e diretor geral do Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo.
Brincadeiras para pets idosos
Uma das opções unânimes de brincadeiras, tanto para cães quanto para gatos, são os quebra-cabeças. O brinquedo tem compartimentos em que se esconde o petisco, estimulando o cachorro a encontrá-los mexendo nas peças com a pata ou o focinho. Já para gatos, o brinquedo pode incluir bolinhas ou itens que se movem e desafiam o animal para a caça e a recompensa.
Outra atividade interessante é o esconde-esconde. É possível esconder petiscos e ração pela casa e estimular o pet a usar o faro para achá-los. Ainda dá para transformar a brincadeira toda numa caça ao tesouro, escondendo brinquedos e entregando recompensas em forma de comidinhas.
Além disso, deixar à disposição arranhadores e escaladores pela casa é uma prática que também ajuda a estimular os felinos, mas é importante mover os escaladores a uma altura confortável e que não exija muito do animal. Outra opção é usar varinhas com penas para entretê-los.
Com os cães, brinquedos simples, como bolinhas e ursinhos, também mantêm a atividade em dia e favorecem a longevidade. O especialista destaca, entre os brinquedos interativos, os mordedores recheados com petiscos, que deixam o pet entretido enquanto tenta “caçar” a comidinha, estimulando o faro, o instinto, e evitando o estresse, o tédio e a ansiedade.
Cuidados com o bem-estar do pet
Apesar da importância da brincadeira para a saúde dos pets idosos, os tutores precisam escolher atividades que preservem o bem-estar animal. No geral, o ideal é evitar atividades que exigem muito esforço físico, como pular ou realizar corridas com obstáculos. De acordo com o médico-veterinário, essas atividades podem elevar o risco de quedas e lesões.
“Elas [brincadeiras] devem ser adaptadas conforme as limitações individuais e físicas do animal, respeitando suas particularidades, além de outras comorbidades que o animal possa ter”, orienta Thiago Teixeira.