Nos últimos tempos, as apostas esportivas têm crescido bastante no Brasil, o que é um problema para muitas pessoas. Afinal, muita gente fica animada com a possibilidade de ganhar dinheiro de forma rápida e fácil, porém acaba se viciando e tendo grandes perdas financeiras.
O problema é ainda maior no caso de famílias de baixa renda, inclusive as que dependem do Bolsa Família, que muitas vezes não têm como se recuperar dessas perdas. O fácil acesso às plataformas de apostas online, combinado com intensa publicidade direcionada, tem levado muitos a comprometerem parte de sua renda em jogos de azar, agravando a vulnerabilidade econômica.
“A expectativa de lucro rápido pode ser tentadora, mas para muitas famílias, especialmente as de baixa renda, essa ilusão acaba gerando prejuízos sérios. O dinheiro que deveria ser usado para necessidades básicas acaba sendo destinado a apostas, o que compromete a estabilidade financeira do lar“, afirma o economista Wesley Faustino.
Segundo ele, a falta de informação e de políticas de conscientização também tornam esse tipo de situação problemática mais comum.
Medidas do governo
O governo começou a tomar, recentemente, medidas por conta desse crescente problema. Na última segunda-feira (30), por exemplo, o Ministério da Fazenda, sob a liderança de Fernando Haddad, anunciou a proibição do uso de cartão de crédito, Pix e cartões vinculados ao Bolsa Família para apostas, como parte de uma estratégia para mitigar os danos financeiros entre os mais vulneráveis.
A regulamentação completa do setor de apostas esportivas está prevista para janeiro de 2025. Mas, até lá, o Ministério da Fazenda divulgou uma lista de empresas autorizadas a continuar operando durante o período de transição.
A orientação do governo é que os apostadores retirem seus fundos das plataformas que ainda não solicitaram regularização. Isso porque essas empresas deixarão de operar em breve.
Com o aumento da pressão social e econômica, a esperança é que a regulamentação traga mais segurança, tanto para os usuários quanto para a sociedade. A ideia é evitar que as apostas esportivas se tornem armadilhas financeiras para as famílias brasileiras.