Atualmente, muito se fala em alcançar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Para alguns casais, no entanto, a linha entre esses dois cenários é bastante tênue, pois não são apenas parceiros no amor, mas também nos negócios.
O tema é tão relevante que em estudo feito pela International Stress Management no Brasil (Isma-BR), revelou que casais que empreendem juntos conseguem entender melhor as angústias vividas no dia a dia, assim como outras circunstâncias da carreira.
Por conta disso, o GetNinjas, maior aplicativo para contratação de serviços no país, realizou uma pesquisa com a base geral de profissionais cadastrados na plataforma e identificou que 25% deles empreendem em casal.
Desse total, 36,84% dos entrevistados afirmaram que já sonhavam em empreender com o parceiro (a). Porém, para 26,32% essa possibilidade não surgiu como escolha, mas sim como uma fonte alternativa de renda.
Divisão de tarefas
Outro ponto abordado na pesquisa foi a divisão de tarefas entre o casal. Neste quesito, ela mostrou que 52,63% dos casais gerenciam seus negócios juntos. Já 26,3% separam o serviço, ou seja, enquanto um fica responsável pela parte administrativa, o outro atua na execução do serviço.
Além disso, o levantamento também apontou que a maioria dos casais quem empreendem ainda atuam de forma autônoma (52%), 31% são microempreendedores individuais (MEI’s) e 15% estão registrados no Simples Nacional.
Exemplo de sucesso
Ainda de acordo com a pesquisa, 10,53 % dos casais se conheceram no ambiente de trabalho, 10,53 % precisava de apoio para dar conta dos atendimentos e 5,26% precisava de alguém que entendesse de atendimento para o negócio. Em relação à área de atuação, 60% deles estão cadastrados na categoria de reformas e reparos, 20% em assistência técnica e 15% em eventos.
O casal Henrique e Samara, por exemplo, atuam na categoria de serviços domésticos desde 2019, como adestradores de cães. Após ajudarem uma amiga com um cachorrinho que tinha adotado, eles perceberam que poderiam tornar o amor pelos pets um negócio próprio.
Assim, o casal deixou o meio corporativo para se aventurar no empreendedorismo. Com a empresa já formalizada, eles afirmam estar satisfeitos com a mudança. “Realmente o nosso propósito de vida mudou”, diz Samara. “Hoje, a gente consegue dar voz a quem não é ouvido normalmente”, complementa Henrique.