Sempre fazendo as pessoas gargalharem, Paulo Gustavo, pela primeira vez, fez o público chorar. Aos 42 anos, o comediante, que estava internado desde o dia 13 de março, morreu por conta da covid-19, na noite dessa terça-feira (4).
O humorista passou a maior parte do tratamento em estado grave. Apesar de ter apresentado melhora no final de semana, na noite de segunda-feira (3), em um comunicado à imprensa, foi afirmado que, apesar da irreversibilidade do quadro, o paciente ainda se encontrava com sinais vitais. Paulo sofreu uma embolia, além de insuficiência cardíaca e lesões cerebrais devido a uma fístula broncovenosa - espécie de abertura entre os pulmões e as veias -, e, infelizmente, foi a óbito na noite de terça (4) .
Deixando uma trajetória memorável no mundo da arte, Paulo Gustavo sempre será lembrado pelos brasileiros por sua passagem na televisão, teatro e tela de cinema.
Onde tudo começou
Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros nasceu em 30 de outubro de 1978, em Niterói, no Rio de Janeiro. O roteirista estudou interpretação na Casa das Artes de Laranjeiras, como Fábio Porchat e seu grande amigo e companheiro de palco, Marcus Majella.
O ator foi ganhando espaço no mundo da arte e a primeira peça que fez parte foi “O surto”, em que dividia a direção com Fernando Caruso, em 2004.
A Dona Hermínia
Anos mais tarde, ele montou seu próprio espetáculo: “Minha Mãe É Uma Peça”. A história rendeu três adaptações para o cinema (2013, 2016 e 2019), sendo que todos os longas conquistaram uma enorme bilheteria em todo o país.
A Dona Hermínia, personagem de Paulo e estrela de "Minha Mãe É Uma Peça" surgiu enquando ele imitava a própria mãe. Trata-se de uma dona de casa que, por estar sempre estressada com os filhos, acaba tomando atitudes que levam o público a cair no riso. Todavia, o ponto alto da personagem é o fato dela ser relecionável para muitas pessoas, fazendo com que os telespectadores lembrem-se das próprias mães.
Grandes destaques da trajetória do ator são os programas de televisão, como “220 Volts”; e as séries “Vai que Cola” e “A Vila”. No cinema, também esteve em “Divã” (2009), “Vai que Cola - O Filme” (2015), “Os Homens São de Marte… E É Pra Lá que Eu Vou” (2014) e “Minha Vida em Marte” (2018).
Casamento
Em dezembro de 2015, Paulo casou-se com o dermatologista Thales Bretas e, quatro anos depois, nasceram os filhos Romeu e Gael. Ambos frutos de diferentes barrigas de aluguel.
Na madrugada desta terça (4) para quarta (5), seu companheiro fez uma dedicatória no Instagram. Um trecho de sua dedicatória falando de Paulo Gustavo: "Uma estrela que brilhou muito aqui na Terra, e vai brilhar ainda mais no céu, olhando pela nossa família sempre!!! Eu te amo tanto... e sempre te amarei, pro resto da minha vida! Não consigo escrever um centésimo do quanto você foi e é importante pra mim e pro mundo. E continuará sendo, eternamente...".