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Tire suas dúvidas sobre o congelamento de óvulos
Tire suas dúvidas sobre o congelamento de óvulos - Shutterstock

Estilo de Vida

Tudo o que você precisa saber antes de fazer o congelamento de óvulos

Especialista responde as principais questões sobre o congelamento de óvulos, como a idade correta para realizá-lo e como ele funciona

O congelamento de óvulos é um procedimento que tem ganhado cada vez mais adeptas. Mas você sabe como ele funciona?

Esse tratamento consiste em coletar, congelar e armazenar os óvulos de uma mulher jovem e saudável para que ela possa, mais tarde, ter uma gravidez feita por fertilização in vitro (FIV). Ou seja, faz todo o sentido que o procedimento esteja em alta, considerando que muitas mulheres têm decidido esperar mais antes de ter filhos.

“O congelamento de óvulos permite congelar a qualidade dos óvulos no tempo. Você pode engravidar aos 45 anos com seus próprios óvulos congelados aos 33 anos, que vão ter qualidade de 33 anos e riscos de abortamento e de doenças cromossômicas dos 33 anos”, explica a Dra. Paula Marin, médica especialista em Reprodução Humana Assistida.

De acordo com a profissional, o congelamento de óvulos pode ser feito tanto simplesmente pela vontade da mulher de esperar quanto em casos de urgência. Essa segunda situação ocorre, por exemplo, em pacientes com câncer que irão se submeter a quimioterapia ou radioterapia, tratamentos que afetam a reserva ovariana.

Em casos de pacientes com endometriose que vão realizar cirurgia ou com antecedente de menopausa precoce na família, o congelamento também pode ser indicado.

Porém, mesmo com todas essas situações nas quais o congelamento de óvulos pode ser útil, muitas mulheres ainda não recebem todas as informações necessárias sobre o procedimento. A seguir, a Dra. Paula Marin fala sobre as principais informações ligadas ao tratamento e tira as maiores dúvidas sobre ele:

A idade correta para congelar os óvulos

Muitas mulheres têm essa dúvida. E, de acordo com a especialista, a recomendação é que o congelamento de óvulos seja feito até os 35-37 anos – se for antes disso, melhor ainda.

Isso porque, a partir dos 30 anos é que a qualidade dos óvulos começa a declinar, sendo que isso fica mais expressivo a partir dos 35 anos e ainda mais quando chega aos 40.

“Se você estiver chegando perto dos 30-35 anos e não vislumbra gravidez nos próximos um ou dois anos, agende uma avaliação com um especialista em reprodução humana assistida, pois é altamente recomendado que você se informe. O congelamento de óvulos realizado até os 35 anos traz excelentes taxas de sucesso no futuro”, explica Paula Marin, que ressalta que o procedimento após os 35 anos é possível, porém com algumas ressalvas.

Segundo a médica, até os 37-38 anos o tratamento pode trazer ótimas chances de um bebê no futuro, mas talvez seja necessário congelar um número maior de óvulos para compensar a pequena queda na qualidade deles. Após os 40 anos, o tratamento de congelamento ainda é possível, mas pode trazer menores taxas de sucesso.

Passo a passo do congelamento de óvulos

Basicamente, são três as etapas do tratamento: estimulação ovariana, aspiração folicular e congelamento de óvulos propriamente dito.

A primeira etapa do tratamento de congelamento de óvulos é a estimulação ovariana. Ela se inicia geralmente nos primeiros quatro dias do fluxo menstrual ou após a ovulação. A mulher vai usar hormônios subcutâneos por meio de agulha fina (a mesma agulha de aplicação de insulina), que vão estimular os ovários a desenvolverem múltiplos folículos, diferente do que acontece todo mês, em que apenas um cresce.

“Vamos monitorando o crescimento desses folículos ovarianos por meio de ultrassonografias transvaginais (cerca de 2-3 nesse período de estímulo). Quando eles atingem o tamanho ideal, o que geralmente após 10-12 dias de estímulo, administramos um último medicamento para a maturação final dos óvulos. E agendamos a aspiração folicular, que acontece cerca de 34-36 horas após a última medicação”, esclarece a médica.

A aspiração ou captação folicular é um procedimento feito no centro cirúrgico do laboratório de embriologia, onde a paciente recebe uma sedação, uma anestesia geral leve. Em geral, em menos de 20 minutos a aspiração folicular já terminou.

“Fazemos um ultrassom transvaginal semelhante àquele realizado em consulta. Mas acoplamos ao probe um guia e uma agulha comprida, que vai perfurar o fundo de saco vaginal e chegar nos ovários. Lá, perfura-se e aspira-se cada folículo que se desenvolveu. O líquido presente dentro de cada folículo vai indo para tubos e é entregue ao embriologista. Ele vai, naquele mesmo momento, olhar no microscópio e contar quantos são”, explica.

Após poucas horas, os embriologistas limpam as células ao redor dos óvulos e os congelam pela técnica de vitrificação, a técnica de congelamento rápido. Eles vão para tanques de nitrogênio líquido e lá podem permanecer por anos.

Esse ciclo completo leva em torno de 12-14 dias. Bem mais rápido do que muitas mulheres imaginam!

Taxa de sucesso após o descongelamento

Apesar de aumentar as chances de gravidez para mulheres que já não possam mais engravidar de forma tão saudável por conta da idade ou de alguma doença, o congelamento de óvulos não é uma garantia. E essa taxa de sucesso vai depender principalmente de duas coisas: da quantidade de óvulos congelados e da idade na qual o tratamento ocorreu.  

De acordo com a médica, mulheres até 35 anos têm 80-85% de chance de ter um bebê se tiverem 15 óvulos congelados, por exemplo. “O congelamento de óvulos é um tratamento que requer individualização, mas não é garantia de bebê no futuro. Ele é um excelente tratamento, mas é bom que a mulher esteja bem consciente das limitações”, afirma Dra. Paula Marin.

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