O poder que a mistura de ritmos e versos promovida pela música causa em nós vai muito, mas muito além do entretenimento. As notas musicais têm a capacidade de desenvolver diversas funções no cérebro de um indivíduo. Entenda!
Cérebro mais ágil
“A música acessa e cria memórias que estão vinculadas à porção emocional das pessoas. Além disso, contribui para o desenvolvimento de habilidades motoras, visuais, espaciais, linguagens verbal ou não verbal, sociais, entre outras”, elenca o musicoterapeuta David Maldonado.
De acordo com o musicoterapeuta, isso se dá porque a música estimula áreas corticais do cérebro, que são responsáveis por diversos comportamentos. “A música nos comove, nos inspira e nos convida a uma ação. Todo esse sistema complexo é armazenado separadamente em diversas áreas do órgão, formando a memória”, esclarece.
Além disso, uma pessoa, ao possuir mais ligações entre neurônios e fazer um maior número de associações, pode ser considerada, de certo modo, mais “inteligente”. Para David, a música também interfere neste processo do desenvolvimento intelectual de um indivíduo. “Existem estudos comprovando que a música aumenta o número de conexões cerebrais no corpo caloso, ou seja, contribui para a evolução do intelecto”, lembra o especialista.
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Texto: Vitor Manfio/Colaborador – Edição: Victor Santos
Consultorias: David Martins de Almeida Maldonado, musicoterapeuta da clínica Musiclin, em São Carlos (SP), e especialista em neuropediatria; Felipe Viegas Rodrigues, doutor em fisiologia geral pela Universidade de São Paulo e professor da Universidade do Oeste Paulista.