Se para você a única coisa que pode acompanhar os energéticos é gelo, saiba que a mistura mais comum feita é com doses de vodca, whisky ou outras bebidas alcoólicas. A combinação é associada à necessidade de ter mais energia para se manter “ligado” nas festas e pode agradar ao paladar, mas é prejudicial para a saúde.
Faz mesmo mal?
Segundo estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a maioria das bebidas energéticas comercializadas no país traz uma mistura de carboidratos, cafeína, taurina, gluconolactona e vitaminas do complexo B. As consequências dessas substâncias no organismo ainda não são totalmente claras. “É preciso verificar que tipo de bebida energizante está sendo consumida. Está na moda utilizar bebidas com grandes quantidades de cafeína e taurina, substâncias que aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial. Quando são associadas ao álcool, acontece uma potencialização dessas substâncias, ou seja, os efeitos são mais fortes”, alerta o cardiologista Serafim Borges.
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Alguns ingredientes dos energéticos estimulam o sistema nervoso central e o sistema cardiovascular. Em certos casos, o energético deve ser evitado até mesmo puro. Pessoas sensíveis e quem tem um histórico de hipertensão podem apresentar arritmias cardíacas e aumento da pressão arterial. Por não ser uma bebida isotônica, não repõe a água e os sais minerais na quantidade devida. Com isso, o organismo perde muito suor, há mais vontade de urinar e eleva o risco de desidratação e suas consequências.
Qual a quantidade recomendada de energéticos?
O consumo da bebida pura deve ser de uma lata por dia, no máximo, quando muito necessário. A ingestão em grande quantidade deve ser evitada e pode ser prejudicial. Crises de arritmia e hipertensão são efeitos indesejáveis possíveis quando a pessoa ingere mais de duas latas de energético. Euforia, excitação, tremores e palpitação também podem ocorrer.
Texto Lara Vendramini/Colaboradora
Consultoria Serafim Borges, cardiologista