Para ser criativo, são importantes a atividade cerebral e as experiências e informações armazenadas em nosso cérebro. Com isso, certas pessoas se destacam, conseguindo encontrar saídas mais rapidamente do que as demais – a famosa arte do improviso.
“Na improvisação, a pessoa usa os recursos criativos já internalizados. Há uma memória implícita e sedimentada, que facilita o processo da adaptação quando surge uma necessidade emergencial”, comenta a arteterapeuta Celeste Carneiro. Além do aproveitamento da bagagem pessoal para adaptar-se a determinadas ocasiões, é bom evitar estresse ou algo interferindo negativamente.
“O improviso consiste na capacidade de criar algo novo momentaneamente. Para tal habilidade, é necessário abrandar o controle do córtex pré-frontal (estar relaxado, descontraído), permitindo que outras partes do cérebro se organizem formando associações inesperadas ou fora de padrões pré-concebidos”, relata a pedagoga Sônia Cunha.
Improvisar pode ser importante em momentos de dificuldade, já que há a possibilidade, por exemplo, de buscar novos caminhos para enfrentar situações de crise. “A improvisação colabora na resolução de fatores negativos que podem surgir a qualquer momento em nossas vidas pessoais e profissionais.
Porém, deve-se buscar um improviso que traga resultados também a longo prazo e não algo provisório. Saber usar essa capacidade pode realçar seu trabalho e suas habilidades diante de problemas”, aponta o especialista Jean Sigel.
O que vale destacar é que, apesar de algumas pessoas terem essa predisposição, isso não quer dizer que são mais criativas que outras. Na verdade, elas possuem apenas uma capacidade diferente e mais desenvolvida.
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Texto e entrevistas: Vitor Manfio/Colaborador – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultorias: Celeste Carneiro, arteterapeuta e autora do livro Criatividade e Cérebro – Um Jeito de Fazer ArteZen (Editora Wak, 2014); Jean Sigel, pós-graduado em marketing e administração e co-fundador da Escola de Criatividade, em Curitiba (PR); Sônia Cunha, pedagoga e especialista em criatividade da rede de escolas SUPERA – Ginástica para o Cérebro.