Parece automático: quando se está em uma farmácia, os remédios expostos, alguns até com cartazes promocionais, chamam a atenção e é como se surgisse a necessidade de serem comprados. Porém, esse comportamento não deve acontecer. De acordo com a endocrinologista Rosita Fonte, as recorrentes comprinhas na drogaria devem ser evitadas, já que nenhum medicamento deve ser usado sem prescrição médica e que não existe nenhum sem possíveis efeitos colaterais. “O médico, quando os prescreve, tem ideia dos efeitos e dosa a quantidade a ser utilizada, conforme outras características ou doenças do paciente”, explica a especialista.
Os remédios mais vendidos
Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Health do Brasil, os medicamentos mais vendidos no Brasil recentemente foram Dorflex®, Neosaldina® e Cialis®. Os dois primeiros são analgésicos com composições parecidas, à base de dipirona, e que ficam nas gôndolas das farmácias. O Dorflex® possui ainda o relaxante muscular citrato de orfenadrina, que o diferencia dos demais. Em altas doses, o medicamento pode causar queda de pressão em hipertensos e diminuição de reflexos, e por isso não se deve usá-lo combinado com outros relaxantes. Já o Cialis® é indicado para disfunção erétil e precisa ser adquirido com receita médica.
O mal invisível
Aquele remedinho parece inofensivo e a cura imediata para algum incômodo. Porém, todo medicamento tem contraindicações e é preciso atenção. “As medicações podem interagir com outras que o indivíduo esteja tomando, levando a efeitos adversos que podem ser graves”, adverte a endocrinologista. Há ainda o fato de nunca se saber ao certo o que aquele sintoma significa, como uma dor de cabeça ou um resfriado. “Existem mais de trinta causas de dor de cabeça e o medicamento indicado muda conforme a origem dela. Quanto ao resfriado, os sintomas iniciais são parecidos com os de outras doenças, que podem ser graves, necessitando de tratamento médico específico”, lembra Rosita.
- Ácido acetilsalicílico (AAS) – É contraindicado em casos de dengue, que no início do quadro pode ser confundido com uma gripe. “Os analgésicos e antitérmicos mais populares – a dipirona, o paracetamol e o AAS – têm indicações específicas e efeitos colaterais relativamente comuns”, alerta Rosita.
- Descongestionantes nasais – Podem piorar os sintomas, causarem hipertensão em predispostos e são contraindicados para pacientes com arritmia cardíaca.
- Anti-histamínicos (antialérgicos) – Costumam dar sono e diminuir a atenção, sendo perigosos para quem dirige ou necessita de atenção em seu trabalho.
Foto: Redação Alto Astral
Consultoria: Rosita Fontes, endocrinologista
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