É mais um pesadelo entre as mulheres, mas ter aqueles risquinhos na pele é normal. Para quem se sente desconfortável, existem tratamentos que deixam o corpo lisinho novamente. Mulheres até os 30 anos são o principal alvo das estrias, aquelas linhas que teimam em aparecer principalmente na região dos glúteos e coxas. “Para preveni-las, o primeiro passo é evitar variações excessivas e abruptas de peso, tanto para o ganho quanto para a perda. Hidratação também é fundamental para manter a proteção da barreira cutânea e a integridade da pele”, ensina a dermatologista Mônica Felici.
Como elas surgem
1. A derme, camada intermediária da pele, é composta por fibras de colágeno e elastina. São proteínas que têm a função de sustentar e dar elasticidade à pele, além de fazê-la voltar à sua forma original após sofrer alguma deformação.
2. “O processo inicial da formação das estrias ocorre com a degeneração das fibras elásticas da pele”, diz a dermatologista. As fibras de colágeno e elastina se rompem com a tensão na pele causada por ganho de peso, gestação, genética e musculação. A epiderme, camada superficial da pele, fica mais fina e forma as pequenas depressões.
3. “No início, a estria é avermelhada por causa da reação inflamatória no local”, revela Mônica. Nessa fase, as fibras estão se reorganizando e vasos sanguíneos estão ocupando o local afetado.
4. De seis meses a um ano após o aparecimento da estria, ocorre um remodelamento da derme, um tipo de cicatrização. É quando as estrias ficam brancas.
Para recuperar a textura
Enquanto as estrias ainda estão vermelhas (o que indica que elas foram formadas recentemente) é a melhor fase para tratá-las. “O uso de ácidos e peeling, como o de ácido retinoico, é bem efetivo e pode fazê-las desaparecer. Já numa fase tardia, em que as estrias estão brancas, temos uma atrofia da pele consolidada, então a aparência melhora, mas as estrias não somem”, explica a especialista. Nessa fase secundária, podem ser feitos diferentes tratamentos, como aplicação de medicamentos para estimular a formação de colágeno; laser fracionado e carboxiterapia (injeções de gás carbônico também para estimular o colágeno).
Texto: Redação Alto Astral
Ilustrações: Eugênio Tonon/Colaborador
Consultoria: Mônica Felici, dermatologista
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