No dicionário, jogo é descrito como algo para a recreação, diversão e brincadeira. No entanto, no mundo contemporâneo, é evidente sua importância para a sociedade, assim como as atividades lúdicas – e isso inclui crianças, é claro, mas também os adultos. Afinal, além dos benefícios citados, eles se relacionam diretamente com a evolução de cada pessoa.
Adultos precisam de jogos?
Com a rotina atribulada de muitas pessoas, é difícil imaginar como essas atividades podem fazer parte do cotidiano delas. Porém, são importantes, já que os adultos não são ingênuos como as crianças e possuem suas noções e informações estabelecidas.
De acordo com a psicóloga e diretora da Associação Brasileira de Hipnose (ASBH) Márcia Mathias, ao realizar essas atividades, o indivíduo assimila a realidade no lúdico. “Sendo assim, várias áreas do cérebro são estimuladas, tanto pelo aspecto da diversão, quanto pelo aspecto da aprendizagem. O lúdico é cultural, mobiliza esquemas mentais e ativa funções psiconeurológicas e operações mentais, o que estimula o pensamento e várias funções da personalidade”, pontua a psicóloga.
No ambiente de serviço, vários benefícios são adquiridos com a realização dessas práticas, dentre eles estão a criatividade e o espírito de equipe, além de destacar lideranças. Márcia cita que as atividades ajudam a relaxar e a manter a saúde física e mental dos funcionários.
“Jogar e se exercitar são aspectos de todo comportamento, voltados para o crescimento mental e físico. Além disso, possuem fins educativos e terapêuticos, ativando o raciocínio lógico e cognitivo, o que estimula o córtex pré-frontal do cérebro, responsável pela memória de curto prazo, dando noções de quantidade, direção e profundidade”, conclui.
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Texto: Vitor Manfio/Colaborador – Edição: Victor Santos
Consultorias: Alexandre Leopold Busse, geriatra da empresa AzimuteMed; Edenilson Luiz Sant’Anna, professor de arte do Colégio Marista Arquidiocesano. Formado em arte-educação, artes visuais e ilustração; Márcia Mathias, psicóloga e diretora da Associação Brasileira de Hipnose (ASBH); Roseli Monaco, Beatriz Cogan e Cibelle Aparecida Martins, da equipe Educativa do Instituto Brasil Leitor (IBL).
Artigo: Jogos de regras como recurso de intervenção pedagógica na aprendizagem de crianças com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, dissertação de Rebeca da Silva Campos Andrade.