Entre os fatores ambientais que colaboram para a formação da inteligência está o estímulo. Por isso, é essencial aproveitar a capacidade de aprendizado da criança para ajudar a formação da inteligência. O neurologista clínico Fabio Sawada Shiba explica que é preciso incentivar as habilidades visuais e auditivas, incluindo a fala. Também é necessário fazer brincadeiras que treinem habilidades como a coordenação motora.
Para o psiquiatra Jô Furlan, é papel da família, ainda, estimular os estudos, cobrar comprometimento e ensinar a resiliência e o estímulo à superação. Ele reforça que existem o lado criativo e o lado lógico, e que ambos devem ser incentivados. Dessa forma, a criança trabalha os dois hemisférios do cérebro, além do lobo frontal, “que terá um papel fundamental no desenvolvimento das crenças e valores, assim como na tomada de decisões”, explica.
Em todas as atividades da criança, sejam desenhos ou outras brincadeiras, é importante valorizar e estimular a criatividade, a iniciativa, a proatividade, o planejamento e a ação. Não basta dizer que está bonito, e sim promover a melhora, buscando outras fontes da criança se aprimorar e se desenvolver, como revistas de desenho e brincadeiras de colorir. “Percebo que, hoje em dia, os pais estão mais preocupados em elogiar ao invés de estimular o crescimento, o desenvolvimento. O cérebro necessita de estímulos e desafios. Se ele não for exercitado, ficará cada vez mais preguiçoso”, afirma Furlan.
Quem precisa de mais estímulo?
É de conhecimento popular que as meninas alcançam a maturidade mais rápido. De fato, pesquisas recentes revelaram que o cérebro delas amadurece cerca de cinco anos antes dos meninos. Estima-se que esse processo costuma acontecer entre os dez e 12 anos nelas e entre os 15 e 20 anos neles. Porém, isso não significa que as garotas sejam mais inteligentes, já que não foram identificadas diferenças na performance intelectual dos dois gêneros.
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Texto: Karen Barbarini – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Entrevistas: Karina Alonso/Colaboradora – Consultorias: Fabio Sawada Shiba, neurologista clínico; Jô Furlan, psiquiatra