Existem diversas formas de as alergias se manifestarem, seja atingindo a pele, comprometendo a qualidade respiratória ou influenciando na alimentação e, cada vez mais, as pessoas são acometidas por esse tipo de reação, uma vez que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 35% da população apresenta alguma alergia. Mas, afinal, depois de diagnosticadas, é possível tratá-las?
Descubra o que é!
Ao contrário do que muitos podem pensar, as alergias não são consideradas doenças, ou seja, são encaradas como uma reação anormal ou exagerada do sistema imunológico para determinadas substâncias encontradas no ambiente. Mas, mesmo assim, existem exames que podem facilitar a identificação desse mal. “Há exames específicos para o diagnóstico das alergias, sendo que alguns deles podem ser feitos através da análise sanguínea (dosagem de imunoglobulina específica para os alérgenos que queremos pesquisar), enquanto outros exames podem ser feitos diretamente em contato com a pele do paciente”, esclarece Karen Vanessa M. Miyagi, alergologista na clínica Dr. Família.
A profissional ainda explica que no caso dos exames que precisam ser realizados em contato com a pele da pessoa, existe o chamado prick teste, que possibilita avaliar alergias respiratórias e alimentares, sendo que o diagnóstico das alergias de pele é feito por meio do teste de contato.
Como é feito o tratamento?
As doenças alérgicas, na maioria das vezes, podem ser bem controladas com o uso de remédios, por exemplo. “Nos casos agudos, tanto de alergias respiratórias quanto nas de pele, precisamos usar medicamentos para controle”, afirma a alergologista. Contudo, depois que o paciente apresenta uma melhora e seu quadro alérgico se estabiliza, os médicos tentam mantê-lo sob controle só com medidas de controle ambientais e cuidados individuais, sem uso de medicação contínua.
Outra alternativa ainda mais eficaz é o uso de vacinas de alérgenos, uma vez que permitem reduzir ou eliminar definitivamente as reações anormais do sistema imunológico – que são a causa da alergia. O início do tratamento com vacinas é feito através da administração gradual de pequenas quantidades do alérgeno causador das crises alérgicas, estimulando o organismo a desenvolver tolerância a esse alérgeno.
Também é possível utilizar remédios sintomáticos, como anti-histamínicos e corticoides, pois eles amenizam os sintomas. Porém, o grande problema desse tipo de medicação é que ele nunca promoverá modificação das razões das alergias, isto é, será capaz apenas de reduzir os sintomas e não curá-los.
Evite a alergia
Elas podem ter herança familiar, mas normalmente precisam de desencadeantes externos para se manifestarem. Então, existem medidas para preveni-las. “Oriento, principalmente, o controle ambiental, ou seja, a casa do paciente com tendência alérgica deve ser sempre bem limpa e arejada”, diz a profissional.
Também é fundamental evitar objetos que favoreçam o acúmulo de poeira e ácaros domiciliares como cortinas, tapetes, carpetes e bichinhos de pelúcias. “Além disso, o paciente deve sempre fazer acompanhamento com alergologista, tanto para prevenção quanto para o controle das doenças alérgicas”, complementa Karen.
Texto: Larissa Tomazini
Consultoria: Karen Vanessa M. Miyagi, alergologista na clínica Dr. Família
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