O intestino é constituído por duas partes: intestino delgado e grosso. No intestino delgado acontece a seleção dos alimentos para a absorção. O que não for aproveitado pelo organismo é direcionado ao intestino grosso, através de movimentos peristálticos, que empurram o bolo alimentar para fora. No intestino grosso ocorre a absorção da água, também responsável na hora da eliminação das fezes. A velocidade (e qualidade) com que esse processo se desencadeia no corpo depende do tipo de alimentação adotada.
Cólica intestinal
Os sintomas do desconforto são dores intermitentes, provocadas por gases que distendem o abdômen. As crises podem variar entre prisão de ventre e intestino solto, dando sempre a sensação de que não houve a total evacuação. Esses sintomas estão relacionados a diversas doenças. A mais comum é a Síndrome do Intestino Irritável, uma complicação ligada a fatores emocionais (ansiedade, estresse, vergonha em usar o banheiro…) e alterações dos hormônios que regulam a excreção. O movimento peristáltico é o conjunto das contrações musculares que o intestino faz para formar o bolo fecal e depois ser eliminado. Quando esse movimento está coordenado, ocorrem contrações e relaxamentos sucessivos da musculatura, empurrando para baixo o que será excretado. Em casos de intestino irritável, as contrações e os relaxamentos não acontecem de forma coordenada, fazendo com que o intestino se esforce mais para eliminar o que está retido nele, desencadeando, portanto, quadros de prisão de ventre diarreia, alternadamente.
Alimente-se bem!
Existem alimentos que aceleram muito a eliminação do bolo fecal (feijão, repolho, leite – em casos de intolerância à lactose – e café), lesando a mucosa e causando diarreia. Outros podem atrasar esse processo, fazendo com que os movimentos peristálticos percam a regularidade e provoquem cólicas intestinais, além de complicações para evacuar (carne gordurosa, produtos industrializados, pães, massas e biscoitos feitos com farinha branca, açúcar, entre outros). É importante manter uma rotina alimentar saudável para combater as cólicas. Especialistas pedem para beber muito líquido ao longo do dia, de preferência água, ingerir frutas, legumes e verduras, preferir carnes magras, optar por ingredientes integrais, como arroz, massas e biscoitos, e controlar a quantidade de fibras durante as refeições (aveia, linhaça, quiona…) em casos de diarreia.
Como regular o intestino
Além de melhorar os hábitos alimentares, é preciso verificar as causas da cólica intestinal. Descartados outros problemas mais sérios, em caso de o paciente sofrer com intestino irritável, o profissional deverá entrar com medicação para controlar o funcionamento do órgão, coordenando os movimentos peristálticos até que voltem ao normal. Outra medida é consumir fibras solúveis e insolúveis, que irão favorecer a formação e eliminação do bolo fecal.
- Fibras solúveis: em contato com a água do organismo, se transformam em uma espécie de gel, que diminui a absorção de carboidratos e gorduras, eliminando essas substâncias nas fezes.
Elas podem ser encontradas em frutas (ingeridas com a casca), aveia, feijão (consumido com cautela), ervilha, lentilha, soja e verduras. - Fibras insolúveis: não são digeridas pelo organismo, ou seja, chegam “inteiras” no intestino. Isso faz com que ocorra o aumento do volume das fezes, acelerando o processo de evacuação.
Encontre essas fibras no trigo, linhaça, verduras e frutas.
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