Que a prática regular de exercícios físicos faz bem para a saúde, todo mundo sabe. Mas além dos benefícios de condicionamento garantidos pelo hábito, colocar o corpo em movimento é um aliado fundamental na luta contra o estresse. Uma vez que deixar o sedentarismo significa fortalecer sua imunidade contra agentes de tensão. E então, que tal amenizar o estresse através da malhação?
Efeito surpresa
Embora tenha gente que considere as atividades físicas um grande sofrimento (alguns chegam ao extremo de considerá-las torturantes), o esforço corporal adequado, planejado e bem dosado tem exatamente o efeito contrário. É durante as passadas de pé na pista de corrida ou as braçadas dadas na piscina, por exemplo, que o corpo libera hormônios responsáveis pelo seu bem-estar. “Adrenalina e endorfina, principais neurotransmissores gerados nesse processo, melhoram o humor, reduzem a dor e dão sensação de bem-estar”, diz o personal trainer Alexandre Rodrigues.
Prazer prolongado
Segundo pesquisa da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, a ação positiva da endorfina pode durar até 12 horas após um treino. “Por isso as pessoas ativas têm mais disposição e bom humor no decorrer o dia”, destaca Alexandre. O hormônio ainda reduz a ansiedade, que, por sua vez, contribui para uma boa noite de sono.“Dormir bem está diretamente relacionado com a redução do estresse e com o equilíbrio metabólico em geral”, acrescenta. Como se não bastasse, outro hormônio liberado enquanto você movimenta o corpo contribui nessa tarefa: a prolactina, que tem ação calmante.
Forças: do bem x do mal
Não é só caminhar, pedalar ou nadar que relaxa e dá sensação de bem-estar. Muitas pessoas preferem combater a tensão com outro tipo de força, a dos exercícios de impacto, como as artes marciais. Na verdade, a escolha por esse tipo de modalidade dá ao praticante a oportunidade de externar seus sentimentos, sem causar danos. Jiu-jitsu, judô, karatê, boxe e MMA (Artes Marciais Mistas): é só escolher qual combina mais com você para descarregar as energias.
De volta ao eixo
Na contramão dos exercícios de impacto, mas com o mesmo objetivo de ajudar a lidar com as tensões, respirar profunda e conscientemente, alongar o corpo, praticar ioga ou pilates são excelentes maneiras de mandar para longe aquilo que causa opressão. Comece já!
– Sorriso intenso: quando sentir grande irritação, pare e resgate alguma lembrança que lhe provoque felicidade. Sorria de modo que a expressão se interiorize, percorrendo todo o seu ser.
– Relaxe ombros e braços: com os braços estendidos ao longo do corpo, imagine estar segurando pesos que puxem seus ombros para baixo. Mantenha a posição por alguns segundo e solte os pesos, deixando a tensão se dissipar. Repita 5 vezes.
– Sacudindo mãos e pés: balance as mãos e continue, incluindo os braços. Depois de um minuto, repita os movimentos só que com os pés e as pernas.
Miniguia
Atividades aeróbicas, que exigem movimentos contínuos, prolongados e de maior esforço físico, são as mais benéficas para o corpo e também para a mente. “Andar, correr, pedalar e/ou nadar faz um bem enorme ao cérebro, ajudam na memória, no aprendizado e nas atividades cognitivas, além dos outros benefícios nos sistemas cardiovascular, ósseo-esquelético, digestivo, intestinal e estético, claro”, conta o personal.
Quem pode fazer?
Nunca é tarde para abandonar o sofá e o controle-remoto e colocar o corpo para trabalhar em favor de si. Portanto, desde que o médico avalie a pessoa como sendo saudável, não há restrição de idade para a prática de exercícios.
Como fazer?
Cada pessoa tem características e necessidades diferentes e, por isso, o treino deve ser adequado ao condicionamento físico individual. A avaliação médica é o primeiro passo para descartar possíveis contraindicações.
Quanto fazer?
60 minutos de atividades físicas, pelo menos 3 vezes por semana, é um bom começo para alcançar resultados satisfatórios no corpo e na mente.
Quando fazer?
Embora não haja regra, o período da manhã é especialmente bom para a malhação, pois o organismo está mais relaxado e o metabolismo, a todo vapor; fatores que contribuem para a liberação de substâncias desestressantes.
Consultoria: Alexandre Rodrigues, personal trainer
Para conferir mais dicas para aliviar o estresse, adquira a revista Chega de Estresse! – já nas bancas.