Professores, cantores, operadores de telemarketing e outros profissionais que utilizam a voz, devem tomar cuidados especiais com esse instrumento tão importante do nosso corpo. O que fazer para minimizar os danos nas cordas vocais? No Dia Mundial da Voz, veja dicas da fonoaudióloga Ana Elisa Moreira Ferreira, que explica o que acontece com a voz em cada fase da vida e dá dicas de como se cuidar:
De 3 a 6 anos de idade
Tanto os meninos quanto as meninas têm uma voz com tom mais agudo e bastante semelhante.
A partir dos 13 anos
As garotas ficam com a voz aguda (voz fina), mas não tão aguda quanto na infância. Os garotos adquirem um tom mais grave (voz grossa). É o chamado período de muda vocal, uma transição entre a voz da fase infantil e a da adulta e de grande transformação da voz.
Entre os 25 e os 40 anos
O período de melhor desempenho vocal está nessa fase. “Mas pode haver exceções quando não se possui boa saúde física e psicológica, além de fatores genéticos, sociais e ambientais”, afirma a especialista.
Depois dos 45 anos
As mulheres, por conta da diminuição dos hormônios, vão modificando o tom da voz. Muitas vezes, ela vai ficando mais grave.
Cuidados com a voz
– Descanse e durma bem: a voz reflete o cansaço físico e a falta de ânimo.
– Beba muito líquido (principalmente água): hidratar as pregas vocais evita o ressecamento, fazendo-as vibrar livremente.
– Mantenha a voz sempre no seu tom natural, sem esforço ao falar.
– Tenha sempre uma boa postura corporal.
– Poupe a voz: durante crises alérgicas e estados gripais, principalmente.
– Procure auxílio médico e fonoaudiológico: caso observe tosses, pigarros e alterações na voz que perdurem mais de duas semanas ou sempre que precisar aprimorar sua voz.
– Coma maçã: essa fruta tem propriedades adstringentes, limpando o trato vocal até os pulmões, e favorece uma voz mais saudável.
Evite:
-Comer muito chocolate ou tomar leite antes de falar (esses alimentos deixam a saliva mais viscosa, o que pode levar à vontade de pigarrear)
– Pigarrear (o pigarro pode machucar as cordas vocais)
– Choques térmicos (alimentos e bebidas muito gelados e também os muito quentes)
– Roupas apertadas que atrapalham a respiração (uma alteração na respiração leva a uma mudança na produção da voz)
– Fumo, álcool e drogas ß gritar e falar com forte intensidade.
Consultoria: Ana Elisa Moreira Ferreira – fonoaudióloga. Fone: (0xx11) 3262-2009. Site: www.univoz.com.br