Diante de todas as mudanças que o século 21 proporcionou, a solidão começou a ser vista como algo que se escolhe, o que não é vergonhoso. Apesar da pressão ainda existente da família e da sociedade, ter que escolher alguém para casar e conviver por toda a vida não é algo que agrada todo mundo, e nem tem que ser levado como regra. O médico e psicoterapeuta Guilherme Fainberg acredita que a melhor descoberta ao não estar junto de outra pessoa é, justamente, a de estar bem acompanhado de você mesma.
Em busca do autoconehcimento
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando para estabelecer um diálogo interno e profundo consigo mesmo para se auto descobrir. Nesses momentos, o indivíduo passa a entender que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele e, ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo diante das diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
Cuidado com os extremos
Escolher viver sozinha não significa, porém, se isolar do mundo. Ainda que escolha construir seus planos sem um(a) parceiro(a), é essencial manter amizades e relação com a família. É o que adverte o médico e psicólogo Roberto Debski: “resgatar o convívio com nós mesmos é necessário para que possamos conviver bem com os outros. O que não é saudável é viver nos extremos, sempre necessitar estar com outros ou nunca querer estar com alguém”, explica.
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Texto: Nathália Piccoli Edição: João Paulo Fernandes Consultoria: Guilherme Fainberg, médico e psicoterapeuta; Roberto Debski, médico e psicólogo