Padre Marcelo Rossi traz boas recordações da época da juventude. Antes de ir para o seminário e escolher ser padre, dedicava-se integralmente a uma de suas atividades favoritas: malhar e praticar esportes. Conheça um pouco mais sobre a vida de Marcelo Rossi antes de se tornar padre.
O atleta Marcelo Rossi
Padre Marcelo treinava desde seus catorze anos e a paixão pelos exercícios físicos o motivou a ingressar na faculdade de Educação Física, na USP, em São Paulo, já que academia, para ele, era costume de segunda a segunda, sem falar que ele não abria mão das competições de musculação.
Além disso, seu porte físico também contribuía para que ganhasse destaque na área como professor. Contudo, o fanatismo pelo corpo ideal não fazia bem a ele. Hoje, padre, ele critica essa conduta: “Era uma pessoa voltada para o próprio umbigo, que de repente com a dor, percebeu que existe o outro que sofre. Vivia preocupado com o corpo, com uma alimentação equilibradíssima, mas não tinha muito sentido na vida”, conta.
O amor pela igreja e a escolha de ser padre
O jovem Marcelo era ligado ao catolicismo por influência dos pais, que sempre frequentavam a igreja e participavam das atividades de fé. Mas com as companhias da juventude e os hábitos dos amigos, ele se afastou das práticas religiosas, até passar por dois episódios tristes que o marcaram e o fizeram retornar à igreja.
A perda de um primo em um acidente de carro e de uma tia vítima de cranco fragilizaram Marcelo e o fizeram pensar mais no futuro. “Voltei para a igreja pela dor e comecei a estudar a história do catolicismo e me apaixonei. Na época, tinha 21 anos, estava terminando o curso de educação física e comecei a frequentar a paróquia do meu bairro. Estava cansado de cuidar só da parte social, pois tinha deixado de lado o espiritual. Tenho uma frase que me segue desde criança: ‘não critique, apenas faça algo’. E por que não ser padre? Estava nascendo a primeira vontade de querer ser sacerdote”.
Para ajudar, Padre Marcelo passou um tempo em Cruzeiro, interior de São Paulo, longe da família para ter a certeza que era isso que queria. Dedicou-se aos estudos de Filosofia e Teologia, incorporando ao seu currículo três faculdades.
Para ele, escolher ser padre não se tratava de uma renúncia, mas sim, de ofertar aquilo que ele tinha de melhor. Atualmente, ele diz com convicção: “Nunca questionei minha vocação, nunca! Sou uma pessoa normal que quer viver a santidade, que crê no que faz e ama o que faz”.
As pessoas à sua volta, porém, desacreditavam da sua opção de dedicar-se ao sacerdócio. “Encontrei uma senhora no elevador onde eu morava que se espantou com a minha decisão: ‘Você vai ser padre. Mas você já namorou!’ – anos depois ela foi a uma das minhas missas e me pediu a bênção”.
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Texto: Redação – Edição: Victor Santos