No dia de hoje completam-se 155 anos da morte de um dos maiores escritores da literatura brasileira: Manuel Antônio de Almeida. Consagrado pela obra Memórias de um Sargento de Milícias, Almeida não conseguiu desfrutar por muito tempo de sua fama. Entenda o porquê.
Médico só no papel
Manuel Antônio de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de novembro de 1831. Ainda adolescente viu o pai, um tenente do exército, falecer, fato que agravou os problemas financeiros do jovem escritor. Apesar de ter se formado em medicina, Almeida nunca se dedicou à profissão: preferiu se embrenhar no jornalismo e no mundo das letras, onde realmente conseguiu algo de destaque, como a nomeação para se tornar diretor da Tipografia Nacional, em 1858. Nesta instituição, conheceu o jovem aprendiz de tipográfico Machado de Assis.
Nascido para brilhar
Apesar da ascensão notável que vinha obtendo na vida profissional, Manuel Antônio de Almeida não teve muito tempo para desfrutar do sucesso: aos 30 anos, foi vítima de um naufrágio, ao qual não sobreviveu. Contudo, o escritor foi o responsável por conceber uma das mais célebres obras da literatura brasileira, que conseguiu eternizá-lo entre os maiores autores nacionais. Memórias de um Sargento de Milícias, único livro publicado pelo autor, foi o primeiro a retratar, na literatura do país, a figura do malandro, e até hoje é cobrado como leitura obrigatória na lista de livros do vestibular de diversas universidades.
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Texto: João Paulo Fernandes