A 76° edição do Festival de Cannes, mais importante mostra de cinema do mundo, começou nesta terça-feira (16) e vai até o dia 27 de maio. 21 filmes concorrem à Palma de Ouro, principal prêmio do evento. O vencedor é escolhido por um júri formado por profissionais da área do cinema.
O filme “Firebrand”, de Karim Aïnouz, representará o Brasil na disputa. O diretor é conhecido por seus trabalhos em “Madame Satã” (2002), “A Vida Invisível” (2019), “O Céu de Suely” (2006) e “Praia do Futuro” (2014).
A seguir, você confere a lista de concorrentes do Festival de Cannes em 2023:
“Club Zero”, de Jessica Hausner
A diretora austríaca de “Little Joe” conta a história de uma professora que aceita um emprego em uma escola de elite e estabelece um forte vínculo com cinco estudantes.
“The zone of interest”, de Jonathan Glazer
O cineasta britânico adapta um romance do autor inglês Martin Amis, que narra uma história ambientada em Auschwitz.
“Fallen Leaves”, de Aki Kaurismaki
O finlandês, diretor de “O Porto”, conta a relação entre uma balconista e um funcionário do serviço de limpeza;
“Les filles d’Olfa”, de Kaouther Ben Hania
A tunisiana apresenta um filme “No limite do Ensaio”, de acordo com o diretor geral do festival, Thierry Frémaux. Em 2017, sua produção “Beauty and the dogs”, sobre a violência machista, foi exibida na mostra Un Certain Regard;
“Asteroid City”, de Wes Anderson
O diretor americano levará várias estrelas ao tapete vermelho do Festival de Cannes. Adrien Brody, Jason Schwartzman, Tilda Swinton, Margot Robbie e Tom Hanks, entre outros, estão no filme, em que pais e estudantes se reúnem em uma cidade enigmática.
“Anatomie d’une chute”, de Justine Triet
A francesa Triet (“Sibyl”) conta a história de uma mulher acusada pelo assassinato de seu marido. A alemã Sandra Hüller, que surpreendeu Cannes em 2016 com “Toni Erdmann”, é protagonista;
“Monster”; de Hirokazu Kore-eda
O diretor de “Assunto de Família” volta a filmar em seu país natal, depois de rodar longas-metragens na França e na Coreia do Sul (“Broker”, exibido em Cannes ano passado). Desta vez relata a história de crianças em uma escola marcada por um incidente;
“Il sol dell’avvenire”, de Nanni Moretti
O veterano cineasta italiano volta a Croisette com um filme sobre “cinema, circo e os anos 1950”;
“La Chimera”, de Alice Rohrwacher
Depois de exibir “Lazzaro Felice” em 2018, a cineasta italiana dirige um Josh O’Connor quase irreconhecível no papel de um jovem arqueólogo relacionado com um grupo de saqueadores na Itália dos anos 1980;
“About dry grasses”, de Nuri Bilge Ceylan
O cineasta turco recebeu a Palma de Ouro do Festival de Cannes em 2014 com “Sonho de Inverno”. Seu novo filme narra a história de um professor que enfrenta acusações de assédio sexual;
“L’été dernier”, de Catherine Breillat
Dez anos depois de seu filme anterior, “Abus de faiblesse”, e de enfrentar graves problemas de saúde, a polêmica diretora francesa volta com a história de uma mãe de família que vive uma história de amor com o genro.
“Le pot-au-feu de Dodin Bouffant”, de Tran Anh Hung
O diretor de origem vietnamita venceu a Caméra d’Or em em Cannes em 1993 com “O Cheiro do Papaia Verde”. Seu novo filme, ambientado no fim do século XIX, mostra a relação entre Eugenie, uma renomada cozinheira, e Dodin, o gourmet para quem trabalhou nos últimos 20 anos;
“Rapito”, de Marco Bellocchio
Palma de Ouro honorária em 2021, o diretor italiano de “O Traidor”, tem a possibilidade, aos 83 anos, de disputar o prêmio máximo com “Rapito”, basado na história real de Edgardo Mortora, um menino judeu de 6 anos sequestrado e convertido à força ao catolicismo pela Igreja no século XIX;
“May December”, de Todd Haynes
O americano volta a Cannes com um filme protagonizado por Julianne Moore e Natalie Portman, um drama sobre um casal com uma grande diferença de idade;
“Firebrand”, de Karim Aïnouz
O diretor brasileiro, que venceu a mostra Un Certain Regard em 2019 com “A Vida Invisível”, apresenta um filme sobre o casamento do rei Henrique VIII com Catherine Parr, protagonizado por Alicia Vikander, Eddie Marsan e Jude Law;
“The Old Oak”, de Ken Loach
Aos 86 anos, o diretor britânico volta à competição oficial com um drama social e realista, fiel a seu estilo, ambientado no nordeste da Inglaterra, sobre o encontro entre o proprietário de um pub e uma refugiada síria;
“Banel et Adama”, de Ramata-Toulaye Sy
A jovem diretora senegalesa, Ramata-Toulaye Sy entra diretamente na disputa pela Palma de Ouro com seu primeiro filme, sobre um jovem casal que enfrenta as críticas em seu vilarejo;
“Perfect days”, de Win Wenders
O veterano cineasta alemão, vencedor da Palma de Ouro com “Paris, Texas” em 1984, apresenta um filme em três dimensões, ambientado nos banheiros públicos no Japão;
“Jeunesse”, de Wang Bing
O documentarista chinês está representado duas vezes em Cannes, com “Jeunesse” na disputa pela Palma de Ouro, e com “Man in black” nas sessões especiais;
“Black flies”, de Jean-Stéphane Sauvaire
O diretor francês conta a história de uma dupla de paramédicos que percorre as ruas de Nova York em uma ambulância. Sean Penn é um dos protagonistas;
“Le retour”, de Catherine Corsini
A cineasta francesa, que disputou a Palma de Ouro há dois anos com “La fracture”, retorna com a história de uma mãe e as duas filhas adolescentes que voltam à ilha de Córsega, de onde foram obrigadas a fugir em circunstâncias trágicas.