Numa época em que a figura masculina era ainda mais exaltada e valorizada, Cristina de Pisano conseguiu superar todas as barreiras do preconceito para tornar-se a primeira escritora profissional da Europa. Além disso, escreveu um dos principais tratados – e talvez o primeiro da história-, intitulado A Cidade das Mulheres, no qual defendia as mulheres e seus direitos, o que lhe rendeu o título de precursora do feminismo.
História de lutas
Nascida em Veneza, no ano de 1363, Cristina de Pisano foi, além de poetisa, filósofa e defensora do papel vital das mulheres na sociedade. Mudou para a França aos cinco anos de idade para acompanhar seu pai, médico e astrólogo do rei Charles V. Pelas redondezas do Louvre, Cristina teve acesso a manuscritos e clássicos, aguçando, desde então, seus interesses intelectuais. Aos 15 anos de idade, casou-se com Étienne du Castel, secretário da Corte. Dez anos após o enlace, Cristina ficou viúva e viu-se tentando lutar por sua vida e pela de seus filhos, dedicando-se a partir de então, plenamente à literatura.
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Texto: Nathália Piccoli Edição: João Paulo Fernandes