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A imposição social da maternidade leva muitas mulheres a buscar ajuda psicológica para lidar com cobranças e preconceito
Número de mulheres que não querem ter filhos tem crescido nos últimos anos - Foto: Shutterstock

Comportamento

Não quero ser mãe: como lidar com a pressão da sociedade?

A imposição social da maternidade leva muitas mulheres a buscar ajuda psicológica para lidar com cobranças e preconceito

A maternidade foi, por muito tempo, imposta à mulher como uma obrigação. Mas com os avanços sociais promovidos pelo movimento feminista na última década, as mulheres passaram a ter mais liberdade de escolha sobre ter ou não ter filhos

O movimento “Not Mothers” (“Mães Não”, em inglês), estima que hoje quase 40% das brasileiras optam por não ter filhos. Mesmo assim, muitas mulheres ainda encontram dificuldades para serem respeitadas pela sua decisão. 

“Recebo muitas mulheres com a queixa da maternidade, que sofrem pressão de todos os lados, dos pais, dos amigos e, muitas vezes, elas decidem se afastar dessas pessoas a ter que ficar inventando desculpas para justificar os motivos pelos quais ela não deseja ser mãe”, conta a psicóloga Deise Moraes Saluti. 

Maternidade não é mais prioridade para as mulheres

Segundo a especialista, muitas mulheres têm decidido não ter filhos para priorizar a carreira profissional. “Por muitos anos a mulher foi a única responsável pela organização de uma casa. Agora os casais fazem todo o trabalho juntos. Dividem as contas e possuem os mesmos direitos”, aponta. 

“Sonhos, conquistas e realizações não estão definitivamente ligadas à única e exclusivamente a maternidade. Há outras conquistas que as mulheres estão adquirindo. Liberdade de expressão e direitos de fazer o que bem entender com seus corpos é, sim, uma das maiores conquistas e liberdade feminina dos últimos anos”, completa ela. 

Como lidar com a pressão social para ter filhos? 

Muitas mulheres que não optam pela maternidade sofrem julgamentos e preconceitos de todas as partes. A psicóloga reforça que “precisamos respeitar o indivíduo dentro de sua totalidade e com suas questões. Incluir o direito do outro como dever de qualquer pessoa é extremamente transformador. Menos julgamentos e mais acolhimento”. 

De acordo com a especialista, a primeira atitude a ser tomada pela mulher que não quer ser mãe é não se sentir culpada. Cobranças serão feitas, familiares irão fazer comentários, mas isso tudo deve ser relevado quando se tem um objetivo em mente. “A mulher jamais deverá ser julgada ou culpada por desejar priorizar outras questões em sua vida. A maternidade não é mais sinônimo de fertilidade. Fértil é quem tem vigor pela vida, alegria de viver e ser feliz”, defende. 

Saluti ressalta que somos todos diferentes e, por isso, o importante é saber o significado do respeito com o próximo e com a gente mesmo. “Somos feitos de desejos e os seus desejos só dizem respeito a você mulher, linda, inteligente, carinhosa, acolhedora, amiga, esposa e profissional. Que nunca lhe falte desejos para sonhar, vontades para conquistar e um grande amor-próprio para seguir. De resto, não lhe falta nada. Se alguém precisar que você tenha um filho para ser feliz, encaminhe-o à terapia, esse sim necessita de um bom tratamento psicoterapêutico”, finaliza.

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