O Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo (Detran-SP) divulgou uma pesquisa inédita que mostra que as mulheres, no geral, respeitam mais as regras no trânsito. Em 2023, das mais de 8 milhões de multas aplicadas no estado de São Paulo, apenas 31% foram cometidas por elas, enquanto os homens cometeram as outras 69%.
Esse levantamento ainda descobriu quais são algumas das principais infrações cometidas no estado, entre elas:
- Transitar em velocidade superior à máxima permitida em 20% (1,8 milhão cometidas por homens e 838 mil cometidas por mulheres)
- Deixar de efetuar registro do veículo em 30 dias ao transferir a propriedade (411,8 mil homens e 159,2 mulheres)
- Transitar em local/horário não permitido pela regulamentação – rodízio (404,8 mil homens e 242 mil mulheres)
- Avançar o sinal vermelho do semáforo (308,5 mil homens e 153 mil mulheres)
- Estacionar em desacordo com a regulamentação (215 mil homens e 147,5 mil mulheres)
- Conduzir veículo registrado que não esteja devidamente licenciado (195,6 mil homens e 80,5 mulheres)
Entende-se que um dos fatores para o menor número de multas seja que as mulheres costumam dirigir com mais cautela do que os homens. Ou seja, nada daquele papo de que “mulher no volante é perigo constante”, viu?
Envolvimento em sinistros de trânsito
Também por conta desse maior cuidado, as mulheres se envolvem em menos sinistros no trânsito. Sinistros são, basicamente, eventos nos quais há dano ao veículo ou à sua carga ou lesões a pessoas ou animais. Esse tipo de situação ainda pode trazer danos materiais ou prejuízos à via ou ao meio ambiente. Já a palavra “acidente” é mais ampla, podendo envolver outros casos.
Dessa forma, como mostra levantamento do Infosiga, sistema que integra o Programa Respeito à Vida, gerenciado pelo Detran-SP, há ainda menos óbitos de mulheres em sinistros de trânsito. Em janeiro deste ano, por exemplo, ocorreram 424 óbitos no trânsito e, desses, cerca de 16,7% vitimaram mulheres e 82,8% homens.
Já em 2023, dos 5.427 sinistros fatais de trânsito, apenas 17,1% das mortes envolviam pessoas do gênero feminino e mais de 82% do masculino. Esse cenário se repete há vários anos, com mulheres sendo minoria nas mortes no trânsito. Elas também aparecem em menor quantidade quando o assunto são os óbitos de pedestres ou sinistros envolvendo motocicletas e bicicletas.