Comportamento

Depressão gestacional: saiba as causas e como identificar

Problema está atrelado a diferentes fatores e prejudica significativamente o bem-estar e a qualidade de vida da mulher durante a gestação

Entenda o que é a depressão gestacional - Foto: Shutterstock

A saúde mental materna tem sido um tema muito discutido nos últimos anos devido à elevada prevalência de depressão gestacional e outros transtornos em mulheres grávidas e suas consequências prejudiciais para a gestação. 

A gravidez é um momento da vida da mulher – principalmente para as mães de primeira viagem – que mais exige equilíbrio emocional. Afinal, ele é cercado de muitas emoções, medos, dúvidas e inseguranças associadas a alegria e expectativa de gestar. 

Segundo a psicanalista Dra. Andrea Ladislau, a depressão gestacional está cada vez mais sendo identificada entre as gestantes. O problema está relacionado a diferentes fatores e prejudica significativamente o bem-estar e a qualidade de vida da mulher. 

“O que se observa é que essas alterações, sejam hormonais, físicas ou psicológicas, impactam muito na autoestima, no relacionamento e na própria libido dessa gestante”, diz a especialista. 

Quais as causas?

A psicanalista explica que tanto as causas quanto os sintomas da depressão gestacional variam de mulher para mulher. No entanto, as principais causas desse problema são:

  • Falta de suporte emocional, familiar e social; 
  • Eventos de vida negativos durante a gravidez ou próximos ao parto; 
  • Problemas pessoais, emocionais da mãe com relação à maternidade; 
  • Dificuldades pessoais, emocionais, financeiras, médicas da mulher ou do casal; 
  • Gravidez não planejada ou não desejada; 
  • Dificuldades conjugais; 
  • Depressões anteriores; 
  • Outras doenças psiquiátricas durante a gravidez; 
  • Existência de depressão em pessoas da família; 
  • Problemas da tireoide ou alterações hormonais.

Sinais e sintomas

  • Desconexão com o bebê e as pessoas ao redor; 
  • Sono desregulado; 
  • Pensamento confuso e desorganizado; 
  • Vontade extrema de prejudicar e fazer mal ao bebê, enquanto está na barriga; 
  • Transtorno de humor; 
  • Irritabilidade, tensão e inadequação; 
  • Perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas; 
  • Falta de energia; 
  • Ansiedade constante; 
  • Culpa; 
  • Melancolia intensa e desmedida; 
  • Desmotivação profunda da vida; 
  • Distanciamento de familiares e amigos antes próximos; 
  • Mudanças nos hábitos alimentares (comer muito ou pouco); 
  • Dificuldades de concentração; 
  • Choro constante e humor instável; 
  • Pensamentos negativos, delirantes e irreais e ideação suicida.

Tratamento

O tratamento e diagnóstico devem ser feitos por um psiquiatra perinatal, que irá avaliar a gravidade do caso e traçar um plano terapêutico envolvendo ou não a introdução de medicamento que não afete o bebê.

Além do apoio psicológico, a gestante deve contar com acompanhamento nutricional e praticar exercícios físicos ou atividades que ajudem a melhorar o seu bem-estar, como meditação, yoga ou técnicas de relaxamento. 

“É necessário expressar e não ter medo de falar o que está sentindo. Verbalizar para encontrar ajuda dentro da rede de apoio, pois se não tratada, a depressão gestacional pode se tornar um distúrbio depressivo crônico”, finaliza Andrea. 

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